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Tribunal de Contas

TCEMG suspende licitação na Prefeitura Municipal de Ibirité

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A Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) confirmou, na sessão de ontem (3/10/2023), a decisão monocrática do conselheiro José Alves Viana de suspender Concorrência Pública n. 4/2023, Processo Administrativo n. 139/2023, Edital de Licitação n. 81/2023, da Prefeitura Municipal de Ibirité, no valor aproximado de R$125 milhões, para a contratação de empresa especializada na execução de serviços de manutenções preventivas e corretivas, reparos, consertos, recuperações, adequações de componentes e instalações em prédios públicos e serviços gerais no Município.

O conselheiro relator determinou a suspensão liminar da concorrência pública na fase em que ela se encontrava, com base na análise da Unidade Técnica do Tribunal, que considerou procedente a denúncia (Processo n. 1153901) em relação às irregularidades encontradas no edital:

1) limitação do número máximo de três empresas reunidas em consórcio;

2) exigência de atestados do CREA e CAU em nome da empresa, para fins de capacidade técnico-profissional;

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3) exigência de atestados com quantitativos superiores a 50% do valor estimado na planilha orçamentária;

4) exigência de atestados com quantitativos superiores a 50% do valor estimado na planilha orçamentária;

5) exigência de atestados sobre parcelas de menor relevância e valor significativo.

“Considerando presentes o perigo da demora e a fumaça do bom direito”, Viana determinou a suspensão do procedimento licitatório e fixou prazo de três dias úteis para que os responsáveis comprovem a suspensão do procedimento. “Os responsáveis devem se abster de praticar qualquer ato, até pronunciamento deste Tribunal acerca da matéria, inclusive da assinatura do contrato, caso não tenha sido firmado, sob pena de multa diária, nos termos do art. 90 da Lei Orgânica, sem prejuízo da adoção de outras medidas legais cabíveis”, determinou o conselheiro relator.

Regina Kelles | Coordenadoria de Jornalismo e Redação

Fonte: Tribunal de Contas de MG

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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