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Tribunal de Contas

TCEMG suspende licitação no Sudeste de Minas

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O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) confirmou, na sessão de hoje, dia 08/08/2023, a suspensão do pregão eletrônico 69/2023, para a aquisição de pneus e protetor de rodas para a frota da prefeitura do município de Bom Jesus da Penha, na região Sudeste do Estado. A denúncia (processo nº 1.153.136), foi feita pela empresa Augusto Pneus Eireli e recebida pelo conselheiro Mauri Torres, que determinou a suspensão liminar do processo licitatório e o encaminhou para referendo da Segunda Câmara, como determinado pelo regimento interno do Tribunal.

De acordo com o voto do relator, a exigência de apresentação de certificação junto ao IBAMA unicamente em nome do fabricante, expressa no edital da licitação, é restritivo à competição. Torres afirmou, “proferi o meu voto, acompanhado à unanimidade pelos meus pares na Sessão do Tribunal Pleno de 12/07/2023, considerando que a exigência de certificação junto ao IBAMA unicamente em nome do fabricante, como critério de habilitação nas licitações para aquisição de pneus, mostra-se restritiva à competição, pois, impede a participação de empresas importadoras de pneus que não possuam CNPJ, o que pode gerar possível prejuízo ao erário, em virtude do maior custo dos produtos finais”.

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Torres ainda destacou, “neste juízo superficial e urgente, entendo necessário resguardar o interesse público e, diante da possibilidade de prosseguimento da contratação do objeto licitado por ato voluntário, podendo, inclusive, acarretar lesão ao erário municipal diante da restrição à competitividade, ao meu ver, restou demonstrada a ocorrência do perigo da demora”.

O Tribunal de Contas determinou ao prefeito, ao secretário Municipal de Serviços Administrativos e à pregoeira que comprovem, nos autos, a adoção da medida ordenada, mediante publicação do ato de suspenção do procedimento licitatório, sob pena de multa de até R$ 10 mil.


Alda Clara – Coordenadoria de Jornalismo e Redação 

Fonte: Tribunal de Contas de MG

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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