Tribunal de Contas
Tribunal determina instauração de tomada de contas especial pela Prefeitura de Abadia dos Dourados
Na sessão de hoje (24/10/2023), a Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) decidiu, por unanimidade, pela procedência parcial da representação contra a Prefeitura Municipal de Abadia dos Dourados (Processo n. 1082418) e pela instauração de tomada de contas especial para apurar possíveis prejuízos aos cofres públicos na contratação, por inexigibilidade de licitação, do escritório Costa Neves Sociedade de Advogados.
A representação objetivou possíveis irregularidades no contrato n. 068/2015 da prefeitura com o escritório, no resgate de possíveis créditos previdenciários decorrentes de contribuições supostamente pagas a maior pelo município do Alto do Paranaíba.
O relator Licurgo Mourão entendeu pela procedência parcial da representação formulada pelo Ministério Público de Contas, considerando a ausência de justificativa de preço para a contratação por inexigibilidade de licitação e o pagamento antecipado à sociedade advocatícia.
Na decisão, o relator determinou ao prefeito do município que, no prazo de 30 dias, instaure a tomada de contas especial para apurar os fatos, a identificação dos responsáveis e o valor do dano ao erário, conforme lei e, recomendou, ainda, que nas próximas contratações, os valores a serem recuperados deverão ser estimados para calcular, em percentual correto, os custos da contratação.
Regina Kelles | Coordenadoria de Jornalismo e Redação
Fonte: Tribunal de Contas de MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.