Tribunal de Contas
Tribunal mineiro leve concessões públicas para Congresso da AMM
A coordenadora de Fiscalização de Concessões e Privatizações do Tribunal de Contas mineiro Mayara Caroline de Oliveira dividiu hoje, 05 de junho, um painel sobre concessões públicas e parcerias público-privadas com o advogado Luis André Vasconcelos. O encontro aconteceu no 39º Congresso Mineiro de Municípios, evento anual que reúne autoridades, agentes municipais e políticos de renome para discutir assuntos relacionados às perspectivas do país e dos municípios.
Mayara explicou como é o papel do TCEMG, que antes tinha uma atuação prévia e agora acompanha os jurisdicionados, realizando um trabalho concomitante e de caráter pedagógico. A servidora ainda falou sobre tipos de desestatização, como as PPP, a privatização e as concessões, que podem ser comuns, patrocinadas e administrativas.
Segundo Mayara, 2023 foi o ano com maior número de licitações publicadas e com contratos celebrados. A analista afirmou que foram cerca de 5 mil iniciativas, com investimentos estimados em R$1.04 trilhão. “Os municípios são os principais atores dos contratos. Eles representam 67,7% dos celebrantes, já que empregam transporte público, escolas, resíduos, saneamento básico, iluminação, etc”, pontuou.
O advogado Luís André foi o responsável por fazer a abertura do painel e falou sobre as concessões de serviços públicos de longo prazo, fundamentais para transformar grandes projetos em realidade. O mestre em Direito Administrativo ainda destacou quais modelos adequados para serem utilizados em contratos e a necessidade de manutenção de diálogo e interlocução entre prefeituras e órgãos de controle, como os tribunais de contas.
O Congresso da Associação Mineira de Municípios aconteceu nos dias 4 e 5 de junho, no Expominas, em Belo Horizonte, e estimou público de 10 mil participantes.
Fred La Rocca/ Coordenadoria de Jornalismo e Redação
Fonte: Tribunal de Contas de MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.