Tribunal de Contas
Tribunal suspende licitação de Consórcio de Municípios do Alto Paranaíba
“Ratifico as considerações feitas pelo órgão técnico e determino a suspensão do Pregão Eletrônico 05/2024, Processo Licitatório 05/2024, deflagrado pelo Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Alto Paranaíba (Cispar)”. Assim se manifestaram os conselheiros da Segunda Câmara do Tribunal de Contas mineiro no processo de denúncia n. 1167194, na sessão dessa terça-feira, 28 de maio de 2024.
O objetivo do procedimento licitatório é o registro de preços destinado à aquisição de projetos literários voltados para diferentes faixas etárias. O colegiado, por unanimidade, confirmou a decisão do conselheiro substituto Telmo Passareli, diante da denúncia apresentada pela empresa Star Produtos e Comércio Ltda., com pedido de medida cautelar, tendo em vista irregularidades no âmbito do Pregão Eletrônico.
Determinou o Tribunal de Contas que a licitação seja suspensa, até que sejam esclarecidos os apontamentos da denúncia, sobretudo no que diz respeito à ausência de estudos quanto ao quantitativo de livros, aliado a indícios de superdimensionamento das quantidades de produtos a serem adquiridas; além de direcionamento do certame para a aquisição de produtos de empresa específica, sem que se tenha apresentado justificativa técnica.
A adoção da medida cautelar pela Corte de Contas ainda foi reforçada diante da constatação de que a não suspenção do processo dará origem a uma infinidade de contratos administrativos “que, inevitavelmente, serão nulos em sua origem dado o vício insanável decorrente do direcionamento irregular do certame”.
Fonte: Tribunal de Contas de MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.