Servidores das Comarcas de Araguari, Estrela do Sul, Monte Alegre de Minas, Monte Carmelo, Nova Ponte, Prata, Tupaciguara, Uberaba e Uberlândia participaram nesta quarta-feira (16/11) do Encontro de Gestores. A capacitação é ação da Corregedoria-Geral de Justiça e da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) e teve como tema o teletrabalho e o pertencimento na nova realidade do trabalho.

O encontro foi aberto pelo corregedor-geral de Justiça, desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Junior, no Fórum Rondon Pacheco, em Uberlândia. O escritor e pesquisador Otávio Grossi proferiu a palestra “A reinvenção do profissional pós pandemia: o pertencimento, a produtividade e a saúde mental”.

Responsável pela administração da Justiça de 1ª Instância, a Corregedoria realiza encontros com os gestores de Belo Horizonte desde 2008. A interiorização da capacitação é uma das metas da atual gestão. O objetivo da ação é aproximar os servidores da Corregedoria, ouvir as demandas e capacitar os gestores em temas relacionados com a administração judiciária, disse o corregedor.

O encontro começou com uma exposição dialogada coordenada pelo corregedor Corrêa Junior. A juíza auxiliar da Corregedoria Mariana de Lima Andrade, encarregada na Corregedoria pelo Sistema do Processo Judicial Eletrônico (PJe), e a juíza coordenadora dos Juizados Especiais no Estado, Cláudia Luciene Silva Oliveira, também conversaram com os servidores.

Neste formato de exposição, os magistrados apresentaram as principais ações e projetos em andamento na Corregedoria e estimularam os servidores a darem suas opiniões e sugestões. “A Corregedoria deve ser a portadora das demandas da Justiça de 1ª Instância”, afirmou o corregedor. Ele disse também que o encontro é uma “excelente oportunidade para estarmos juntos, ter um diálogo próximo, nos conhecermos, prestarmos contas do que está sendo realizado, colhermos sugestões”.

Segundo o desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Junior, a Corregedoria tem atuado em parceria com a Diretoria Executiva de Informática (Dirfor) na melhoria do Sistema PJe. Ele falou sobre a adesão do TJMG ao sistema, que é público; das vantagens que a ferramenta oferece, principalmente para o trabalho à distância; e também sobre a atuação da Corregedoria no processo de melhoria do sistema, a partir da atuação das juízas Mariana de Lima Andrade e  Soraya Hassan Baz Láuar.

A juíza Mariana de Lima Andrade destacou a importância do aprimoramento da comunicação entre juízes, servidores e a Corregedoria. “Queremos estar próximos dos servidores, conhecer a realidade do interior”, afirmou. Ela abordou ainda os Painéis Estratégicos da Corregedoria, que possuem relatórios de atividades pendentes e realizadas, no âmbito da secretaria e do gabinete. Segundo ela, os painéis são uma ferramenta importante na gestão das unidades judiciárias.

A juíza coordenadora do Juizados Especiais no Estado, Cláudia Luciene Silva Oliveira, afirmou que a ideia da Corregedoria é fazer um diagnóstico das unidades do interior, descobrir as carências, reforçar a orientação, identificar boas práticas e replicá-las em outras comarcas. “É importante reconhecermos as diferentes realidades entre a capital e o interior”, ressaltou a juíza, que se colocou à disposição de todos.

Palestra

O escritor e pesquisador Otávio Grossi abordou as mudanças nas relações de trabalho trazidas pela pandemia de Covid-19. Na palestra “A reinvenção do profissional pós pandemia: o pertencimento, a produtividade e a saúde mental”, ele apresentou três questões: o fortalecimento do pertencimento, a qualidade de vida e o profissional que a contemporaneidade precisa.

Disse ainda que pandemia afetou a saúde física e mental de todos, seja pelo luto ou pelo isolamento social. “Essas questões abalaram e transformaram muito todas as pessoas”, afirmou.

Em relação ao teletrabalho, que emergiu com mais intensidade durante a pandemia e foi mantido por muitas instituições, o palestrante chamou a atenção para a questão do pertencimento. “Precisamos retomar o sistema de pertencimento para que a gente se encontre no trabalho que a gente faz”, afirmou. Ainda segundo o magistrado esse novo profissional, surgido após a pandemia, precisa ter competência específicas, como a comunicação, a visão sistêmica, a orientação para qualidade e resultados, entre outras.

Encontro de Gestores no interior

O corregedor Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Junior definiu como uma das metas da gestão a realização de Encontro de Gestores nas comarcas do interior. A ideia é que os encontros precedam os Encontros de Capacitação da Corregedoria (Encor). Estão previstos mais quatro encontros até o fim de 2023.

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Fonte: TJMG