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Salas passivas otimizam o atendimento judiciário

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As salas passivas têm gerado importantes resultados para o aumento da celeridade dos atos jurisdicionais. Implantadas no início de 2021 pela Corregedoria-Geral de Justiça, elas permitem a realização de audiências virtuais com pessoas que não residem na comarca em que o processo está em tramitação. Em dois anos e meio de implementação, magistradas e magistrados de todas as regiões do país já solicitaram o uso do serviço ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para diferentes municípios do Estado. De janeiro a 4 de dezembro de 2023, foram realizadas 15.837 audiências nas salas passivas em todas as comarcas mineiras.

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Salas passivas permitem oitivas de pessoas que não são da comarca de origem do processo ( Crédito : Raul Machado/TJMG )

Por meio desse serviço, o ato jurisdicional ocorre por videoconferência com o juiz natural do processo, sem intermediações e em ambiente forense. As salas passivas de Belo Horizonte estão instaladas no Fórum Lafayette, no Barro Preto, sendo três de uso recorrente e uma de apoio. Na capital mineira, a maior parte dos pedidos são feitos por magistrados de comarcas da Região Metropolitana.

De junho de 2022, quando o Tribunal implantou um sistema de monitoramento e gerenciamento do uso das salas, até o final de 2022, foram realizadas 9.065 audiências em todo o Estado. Em 2023, até o dia 4 de dezembro, o montante chegou a 15.837. Em Belo Horizonte, entre junho e dezembro de 2022, ocorreram 3.690 oitivas e, até 4 de dezembro de 2023, foram 4.076 audiências.

A criação das salas passivas ocorreu no contexto da pandemia do novo coronavírus. O corregedor-geral de Justiça de Minas Gerais, Luiz Carlos Corrêa Junior, lembrou que a crise sanitária mundial transformou vários atos da vida em sociedade e, dessa forma, alterou também algumas práticas do Poder Judiciário: “Certas inovações tecnológicas tiveram o uso acelerado, como a implementação de audiências virtuais. O que se imaginava que fosse ocorrer num futuro distante, de repente estava no nosso dia a dia. A implantação das chamadas salas passivas foi feita nesse contexto.”

O desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior destacou que, até a implantação das salas passivas, o juiz natural do processo enviava para a comarca, onde residia a pessoa a ser ouvida, o pedido para a oitiva, que era realizada pelo magistrado desse local.

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Segundo o corregedor-geral, a iniciativa promove a melhoria da instrução processual e permite a realização do ato diretamente pelo magistrado solicitante, garantindo maior celeridade na atuação jurisdicional, além da valorização do princípio do juiz natural; conforme apontado na Portaria nº 6.710/CGJ/2021.

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Para o corregedor-geral de Justiça, desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, as oitivas por videoconferência promovem a melhoria da instrução processual
( Crédito : Raul Machado/TJMG )

O novo formato de audiência elimina a exigência de envio de documentação, até então necessária para os juízes que iriam realizar as oitivas presenciais. Os magistrados, para terem embasamento do processo, necessitavam de documentos como cópia da denúncia e do boletim de ocorrência, partes importantes do ato e petição inicial. A otimização da audiência no formato virtual diminui também os gastos com correios e os trâmites de expedientes. Já a intimação, na maior parte dos casos, é feita pela Vara de Precatória da residência da pessoa que será ouvida, para o seu comparecimento presencial.

As videoconferências são gravadas e ficam disponibilizadas no Repositório Nacional de Mídias – PJe Mídias, no software “Audiência Digital”. Como a gravação é um material de autenticação da audiência, não há necessidade do recolhimento de assinaturas.

Os servidores das salas passivas realizam o pregão, trabalham sob a presidência do juiz natural de casa processo, e são responsáveis pela instrução processual; pelo fornecimento de certidão (declaração de comparecimento) feita por escrivão; e pela produção de relatórios da audiência para fins administrativos. Em casos de reagendamento da audiência na sala passiva, os próprios servidores podem realizar a intimação para a nova data.

O juiz diretor do Foro da Comarca de Belo Horizonte, Sérgio Henrique Cordeiro Caldas Fernandes, ressaltou a otimização da iniciativa para o trabalho judiciário: “Além de serem ouvidas por um juiz que preside o processo, as pessoas que participam de audiências dessa modalidade no Fórum Lafayette são acompanhadas de servidores com vasta experiência na realização desses atos.”

O ambiente do fórum é fator primordial para a implantação da nova forma de audiência, segundo o juiz auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça de Minas Gerais Adriano Zocche. A oitiva ocorre em ambiente imparcial, neutro, dentro de um edifício do Poder Judiciário. “Há o elemento de segurança e certeza, pois um servidor público, com fé pública, vai identificar a pessoa a ser ouvida e assegurar que o depoimento se dê fora da eventual influência de um agente externo”, afirmou.

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As salas passivas da Comarca de Belo Horizonte estão localizadas no Fórum Lafayette ( Crédito : Cecília Pederzoli / TJMG )

Para o juiz Paulo Cézar Mourão Almeida, que atua na 4ª Vara Cível de Betim, a iniciativa promoveu uma mudança positiva nas ações jurisdicionais. De acordo com o magistrado, os benefícios abrangem desde a celeridade processual, passando pela qualidade do recolhimento das provas, até a produção da sentença. “Isso é o contrário do que ocorria anteriormente quando não tínhamos contato direto com a prova”, disse. Sobre a periodicidade de uso da sala passiva, o juiz destacou que a proximidade com Belo Horizonte gera uma demanda expressiva do recurso: “Posso dizer de maneira empírica que, pelo uma vez por semana, temos uma audiência dessa modalidade.”

As salas passivas, criadas pela Portaria nº 6.710/CGJ/2021, com alteração da Portaria nº 7.796/CGJ/2023, são também decorrentes da Resolução nº 341, de 7 de outubro de 2020, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), elaborada no período da pandemia de Covid-19. A norma “determina aos tribunais brasileiros a disponibilização de salas para depoimentos em audiências por sistema de videoconferência, a fim de evitar o contágio pela Covid-19”.

Para a marcação da videoconferência é utilizado o módulo de agendamento online de audiências no Sistema de Audiências Virtuais (Sisavi), denominado “salas passivas”, que funciona de forma interligada com o Sistema de Painéis de Audiências e Atendimento (Sispae). Nos casos de indisponibilidade do Sisavi/Sispae para a marcação da videoconferência, o juiz solicitante deverá entrar em contato com a Direção do Foro da comarca de residência da pessoa a ser ouvida, preferencialmente por e-mail, para agendamento de data, horário e informação de previsão da duração do ato processual, assim como pedido de disponibilização e operação do ambiente com sistema de videoconferência.

Outras informações sobre o cadastramento dos tribunais de outros estados para o uso de sala passiva em Minas Gerais, podem ser conferidas neste link.

Diretoria de Comunicação Institucional – Dircom
TJMG – Unidade Fórum Lafayette
(31) 3330-2800

[email protected]/
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Fonte: Tribunal de Justiça de MG

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Carlos Henrique Romanelli, “Carlinhos do Ney”, é eleito vereador em Itamonte com o compromisso de seguir o legado do pai, Ney Romanelli

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Carlos Henrique Romanelli, conhecido carinhosamente como “Carlinhos do Ney”, 56 anos, casado e pai de três filhos, agora faz parte da Câmara Municipal de Itamonte. Eleito pelo PL (Partido Liberal), Carlinhos assume seu lugar como vereador com um grande compromisso: continuar o legado do pai, o inesquecível Ney Romanelli, ex-prefeito de Itamonte por três mandatos e símbolo de trabalho e dedicação à cidade.

Ney Romanelli, falecido recentemente, deixou sua marca através de grandes obras e transformações em Itamonte. Com um coração generoso, o ex-prefeito conquistou o carinho e a admiração do povo, sendo lembrado como alguém que sempre esteve presente nas dificuldades dos cidadãos. “Meu pai foi um grande líder, um exemplo de humildade e amor pela cidade”, afirma Carlinhos, com a emoção de quem foi influenciado profundamente pela trajetória do pai.

O legado de Ney Romanelli é visível nas estruturas que transformaram a cidade, e seu nome permanece na memória dos moradores como sinônimo de uma administração que cuidava de cada detalhe da cidade com zelo e comprometimento. “Quero dar continuidade a esse trabalho, resgatar a simplicidade e o contato próximo com o povo, que meu pai sempre teve”, declara Carlinhos do Ney, evidenciando que sua gestão será marcada pelo mesmo carinho e dedicação, bem como pelo trabalho sério e humanizado que pautou a política de seu pai.

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Com a sua eleição, Carlinhos do Ney chega à Câmara Municipal como a voz do povo, com um olhar atento aos problemas diários que afetam a comunidade. Ele leva consigo o exemplo de liderança do pai, mantendo a humildade e o carinho no trato com cada cidadão de Itamonte, sempre buscando soluções para o bem-estar da população.

A cidade aguarda com expectativa os próximos passos de Carlinhos como vereador, já reconhecendo nele a vontade de fazer a diferença, mantendo a essência de quem cresceu ao lado de um homem que dedicou sua vida à sua terra e ao seu povo. Carlinhos do Ney já se mostra como um político de proximidade, que não perdeu a conexão com as raízes e que promete caminhar, com dedicação e respeito, pelos mesmos trilhos que seu pai seguiu, com muito trabalho e amor por Itamonte.

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