A 1ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais realizou nesta quinta-feira (10/11), no auditório do Tribunal Pleno do TJMG, o 1º Encontro Gerencial — Workhosp Superintendência Judiciária (Sejud). A atividade reuniu cerca de 80 servidores, entre gestores de cartórios da 2ª Instância (escrivães e escreventes) e gerentes da área administrativa da 1ª Vice-Presidência.

o 1º vice-presidente e superintendente judiciário do TJMG, desembargador Alberto Vilas Boas, deu as boas-vindas aos participantes do encontro, destacando que o Judiciário mineiro deve buscar o aperfeiçoamento contínuo de suas atividades por meio da apropriação de processos de gestão e de trabalho bem-sucedidos, que vêm sendo executados na iniciativa privada, adequando-os à realidade da administração pública.

Ele destacou a relevância de ações formativas, observando ter plena confiança na expertise, na habilidade e na competência dos servidores. “Minha ideia é investir, de fato, na capacidade técnica que cada um possui. À medida que vocês passarem por ações formativas, poderão contribuir ainda mais para a melhoria dos trabalhos”, observou.

Entre os temas em discussão ao longo do workshop, o desembargador Alberto Vilas Boas falou sobre a gestão das emoções. “Essa temática é muito importante, pois o ambiente de trabalho não pode ser doentio; ele precisa ser acolhedor, embora seja marcado por regras, e nele deve imperar o respeito, a cordialidade e o diálogo aberto entre todos. Só assim será possível a construção de uma proposta de trabalho aceitável e possível de ser implementada”, afirmou.

Prestação jurisdicional

Aos gestores, o 1º vice-presidente disse ter ciência do grande esforço que eles empreendem, todos os dias, diante da alta carga de trabalho nos cartórios no TJMG e da carência de pessoal. “Temos trabalhado para conseguir adequar nossa força de trabalho, e nossa expectativa é de que essa ação formativa seja vantajosa e possa ser aplicada no ambiente onde vocês trabalham, produzindo bons resultados, a fim de que possamos oferecer uma prestação jurisdicional mais cuidadosa para os jurisdicionados”, disse. 

A juíza auxiliar da 1ª Vice-Presidência, Mônica Silveira Vieira, afirmou que compartilha a visão da importância da formação “como fundamental para qualquer possibilidade de aprimoramento na prestação jurisdicional e nas atividades de apoio”, no Judiciário mineiro. De acordo com a magistrada, o 1º vice-presidente estabeleceu como uma de metas prioritárias no biênio 2022/2024 o aperfeiçoamento e a profissionalização da gestão, de uma forma democrática e participativa.

Foi com o foco nessa busca por evolução que a 1ª Vice-Presidência decidiu instituir uma ação de formação permanente, que deverá acontecer a cada dois meses, por meio de workshops, com o primeiro deles sendo realizado nesta quinta-feira. “Este ideia surgiu porque, por mais que caiba ao próprio gestor buscar seu constante aperfeiçoamento, por meio de cursos externos, leituras e capacitações oferecidos pela instituição, avaliamos ser importante que também o gestor máximo, no caso, o 1º vice-presidente, forneça uma formação que mostre a visão gerencial-institucional que deseja implementar”, destacou.

Processos de trabalho

A palestra que abriu o workshop abordou a gestão de processos de trabalho e foi proferida pela servidora Desirée Santana. Ela detalhou, inicialmente, o conceito de “processo de trabalho”, e a partir daí, discorreu sobre a importância de se utilizar a gestão de processos de trabalho. Entre outros pontos, ela falou sobre diferentes abordagens em torno da temática e enumerou conceitos diversos que se entrelaçam com o tema.

A servidora apresentou também as relações entre estratégia, processos e pessoas. “Os processos organizacionais são os elos entre a estratégia e as pessoas. A instituição necessita empreender um esforço para gerar o alinhamento entre esses três elos, com sincronismo no seu gerenciamento”, observou.

Na sequência, a servidora Juliana Silveira Fonseca ministrou palestra sobre a gestão da emoção. Ela explicou sobre inteligência emocional e como este conceito pode ser útil no ambiente de trabalho. A servidora exibiu cinco pilares da inteligência emocional: controlar as emoções; conhecer as próprias emoções; automotivação; saber se relacionar; e empatia. “Uma pessoa com controle emocional tem muito mais capacidade de influenciar. Quando desenvolvemos a inteligência emocional, temos uma série de resultados positivos”, afirmou.

Em seguida, o workshop tratou sobre a gestão por competências, tema apresentado pela servidora Rosane Brandão Bastos. Ela ponderou que, geralmente, a competência está associada ao domínio de um determinado assunto, mas no âmbito do gerenciamento de pessoas a competência é formada por conhecimento, habilidade e atitude. “A gestão por competência está alicerçada nesse conjunto, com o fim de alcançar objetivos da instituição“, disse.

Rosane Brandão acrescentou que o objetivo de avaliar o desempenho por competências é mensurar as entregas e resultados do profissional a partir das competências exigidas para o seu cargo/função, para reconhecer as potencialidades e identificar as lacunas existentes.

A última exposição foi conduzida pela juíza auxiliar da 1ª Vice-presidência, Mônica Silveira Vieira, que discorreu sobre o tema “Avaliação de Desempenho por Competências: a Execução Gerencial Adequada”.  a juíza ressaltou que a avaliação por parte dos gestores precisa ser pautada na individualidade, identificando as características e peculiaridades de cada servidor. “Cada pessoa tem uma capacidade de produção e só saberemos se tratarmos individualmente. Gestor não é aquele que replica, mas aquele que vai além e trata seus liderados como indivíduos”, reforçou.

A juíza Mônica Silveira Vieira traçou ainda as diretrizes de como o gestor deve acompanhar o trabalho de seus liderados, destacando que a relação deve ser: democrática (com diálogo, mas sem perder o aspecto gerencial hierárquico); efetiva e com periodicidade adequada (de modo a permitir correção de rumos e avaliar o progressivo alcance das metas); e com feedbacks claros, devidamente registrados, com privacidade adequada.

Após as palestras expositivas, o público presente participou de uma dinâmica prática de como fazer avaliação de desempenho por competências. Foram apresentados três perfis fictícios de servidores e os gestores tiveram que dar sugestões de metas e ações para melhorar a produtividade dos perfis apresentados. O evento foi finalizado com um momento de partilha, em que os servidores puderam tirar dúvidas em relação aos temas tratados e propor sugestões para melhoria de cada setor.

Mesa de abertura

Compuseram a mesa de abertura do encontro o 1º vice-presidente, desembargador Alberto Vilas Boas; a juíza auxiliar da 1ª Vice-Presidência, Mônica Silveira Vieira; a diretora da Secretaria de Padronização e Acompanhamento da Gestão Judiciária (Sepad), Cátia Lalucia de Rezende; e a diretora Verônica Pereira Silva Machado, da Diretoria Executiva de Suporte à Prestação Jurisdicional (Dirsup).

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Fonte: TJMG