A 1ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em parceria com a Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), realizou nesta sexta-feira (11/8) o 5º Encontro de Gestores da Superintendência Judiciária (Sejud), com o tema “Rituais de Gestão”. Participaram do evento, na Sede do Tribunal, magistradas, magistrados, gerentes, coordenadores de área, escrivães, escreventes da Sejud e servidoras e servidores do Tribunal.

A mesa de honra foi formada pelo 1º vice-presidente do TJMG, desembargador Alberto Vilas Boas Vieira de Sousa; pela juíza auxiliar da 1ª Vice-Presidência e membro do Grupo Operacional do Centro de Inteligência da Justiça de Minas Gerais, Mônica Silveira Vieira; pela diretora da Secretaria de Padronização e Acompanhamento da Gestão Judiciária (Sepad), Cátia Lalucia de Rezende; pela diretora de Suporte à Prestação Jurisdicional (Dirsup), Marina Nazareth de Lima; e pela assessora da 1ª Vice-Presidência, Roberta Inácio Maia.

Gestores e servidores do TJMG ministraram três palestras e uma atividade prática, sob a condução da equipe do Centro de Aperfeiçoamento Gerencial de Segunda Instância (Ceagesi). As apresentações abordaram os temas “Rituais e reuniões de gestão como ferramentas de integração e alinhamento estratégico”, “Metas, indicadores e plano de ação” e “Reuniões de Gestão na experiência da 4ª Vara Cível de Contagem”.

O 1º vice-presidente do TJMG, desembargador Alberto Vilas Boas, abriu o evento ressaltando que o encontro gerencial é uma oportunidade para que os participantes recebam informações, instrumentos e ferramentas para realizarem uma boa gestão administrativa, de pessoal e de práticas no Tribunal. Para ele, o resultado é a construção de um projeto de trabalho coletivo, em que servidores se sintam representados, através de escuta e participação ativas.

“Ninguém constrói uma instituição sozinho. E ninguém administra um ou mais setores no Tribunal sozinho. Na realidade, todo o processo de identificação de problemas, estabelecimento de estratégias, definição de objetivos, dos riscos que se corre em executar essa ou aquela medida administrativa ou gerencial deve ser sempre fruto de uma avaliação coletiva”, afirmou o desembargador.

Durante a condução do evento, a juíza auxiliar Mônica Silveira Vieira ressaltou que o foco desta edição são as reuniões de gestão como instrumento de planejamento e de democratização gerencial, propondo que as áreas judiciárias adotem essa rotina a partir de setembro.

“São reuniões em que o planejamento do gerenciamento da unidade se dá de forma bastante democrática. Isso não significa afastar a hierarquia, que tem que estar presente nas unidades, nem retirar do magistrado que está à frente da unidade o seu poder de liderar o gerenciamento, mas significa, de fato, permitir que todos os membros da equipe participem da gestão, o que traz maior engajamento e resultados muito melhores em termos de aperfeiçoamento”, disse a magistrada.

Palestras

A gestora do Ceagesi Samara Valamiel Pedroso Andrade abordou rituais e reuniões de gestão como ferramentas de integração e alinhamento estratégico. “Quando a gente realiza esses eventos, evita-se retrabalho, má comunicação, falta de informação ou distorção de informação, coisas que, não raro, geram insatisfação na equipe e impactam negativamente nos resultados”, observou.

Já o diretor executivo de Planejamento Orçamentário e Qualidade na Gestão Institucional (Deplag), João Victor Silveira Rezende, falou sobre metas, indicadores e plano de ação. “Primeiro, a gente vai pensar os indicadores, porque eles são sinalizadores, qualificadores maiores, para depois falarmos das metas, e os planos de ação são instrumentos para cumprir isso”, afirmou, mencionando que o grande desafio é colocar em prática as estratégias elaboradas no plano de ação.

Troca de experiências

Servidores da 4ª Vara Cível de Contagem, Luciana de Fátima Oliveira Carvalho Penna e Pytti Valverde Rocha Diniz Silva compartilharam as experiências sobre a implantação do planejamento estratégico na Vara, por meio de reuniões de gestão, em 2017. Eles contaram que, no início, houve resistência e medos dos servidores quanto à novidade, mas a situação atual é de sentimento de pertencimento e de gestão democrática e horizontalizada. Os servidores também citaram a redução no número de processos no acervo que, antes da implementação, era de 11.120 processos e, no primeiro semestre de 2023, baixou para 7 mil.

No encerramento do evento, os participantes foram divididos em equipes para realizar uma atividade prática, que consistiu em traçar um planejamento estratégico para enfrentar uma situação desafiadora hipotética.

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Fonte: Tribunal de Justiça de MG