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Minas Gerais

Trigo pode ser alternativa mais barata que a silagem de milho

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Por ser uma cultura de clima frio, o trigo nunca teve muito espaço nas lavouras mineiras. Uma realidade que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) pretendem transformar com o incentivo ao plantio da cultivar de trigo MGS Brilhante, da Epamig, para a produção de silagem na época de entressafra (ou safrinha) do milho, cereal usado na alimentação de bovinos. Até o dia 21/7, as duas empresas realizam dez dias de campo de divulgação da cultura em municípios do Sul e Sudoeste de Minas e Campo das Vertentes.

O primeiro evento ocorreu em 10/7, em Areado. O dia de campo foi realizado na Fazenda Córrego Raso, uma das 15 unidades demonstrativas implantadas pela Emater-MG, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). “A Epamig forneceu a semente. A Emater-MG selecionou os produtores para participar do programa e orientou os agricultores durante todo o processo de produção”, conta o pesquisador da Epamig Oeste e um dos organizadores dos dias de campo, Maurício Antônio Coelho.

Durante os dias de campo, serão apresentadas palestras sobre as técnicas de plantio, cultivo e colheita, além de informações sobre condução das lavouras, processamento e armazenamento da silagem. Os participantes também poderão ver de perto o desenvolvimento da cultivar nas lavouras experimentais. “A proposta do plantio do trigo para silagem está sendo muito bem recebida pelos produtores da região. Muitos deles já perderam a produção do milho safrinha por causa do enfezamento e precisavam de uma cultura opcional para obter silagem para o gado no período seco”, argumenta o coordenador técnico regional da Emater-MG na região de Alfenas, Marcelo Martins (também organizador dos eventos).

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Baixo custo

O enfezamento do milho é uma doença que vem preocupando produtores e técnicos em todo o Brasil e provocando grandes perdas nas lavouras do grão. A moléstia envolve um inseto, chamado cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), que se contamina ao sugar a seiva de plantas infectadas e transmite bactérias e vírus, quando migra para se alimentar novamente em lavouras sadias. “O trigo MGS Brilhante tem sido uma excelente opção, pois não tivemos de combater pragas. O uso de produtos químicos foi quase zero, o que além de ser melhor ambientalmente, reduz muito os custos de produção”, explica Maurício.

O pesquisador cita que um hectare de milho, atualmente, tem custo de R$ 7 mil, já o hectare plantado com trigo sai em torno de R$ 2 mil. “A produção do trigo é bem mais barata que o milho safrinha, que já tem um custo menor que a primeira safra. Geralmente, no Sul de Minas, o pecuarista não planta soja na primeira safra, mas milho. A nossa recomendação é que no fim de março, em vez de plantar o milho safrinha, ele cultive o trigo para ter a silagem do gado no período seco”, diz o coordenador da Emater-MG. A produção da MGS Brilhante demanda cerca de cem dias do plantio até a colheita.

Emater-MG / Divulgação

Novo uso da cultivar

A MGS Brilhante foi lançada pela Epamig em 2005, visando a produção de pães. Mas, em 2018, pesquisadores verificaram o grande potencial da cultivar para a produção de silagem. “Os resultados indicaram que o volumoso à base de milho e o volumoso à base de trigo MGS Brilhante proporcionaram ganhos de peso equivalentes. Ela também é resistente à seca e ao calor”, explica Maurício.

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Após várias avaliações de produtividade e qualidade da silagem, a recomendação dos pesquisadores é que os produtores não substituam a silagem de milho pela de trigo, mas façam uma rotação de culturas. “O trigo é rico em proteína, mas é pobre em energia. O plantio também difere de outras culturas, por isso os dias de campo são importantes para fornecer as informações corretas para o produtor ser bem-sucedido no cultivo da lavoura”, salienta o pesquisador.

Dias de campo

Além de Areado, ocorreram dias de campo em Pratápolis (11/7) e Santa Rita de Caldas (12/7). Nesta quinta-feira (13/7) é a vez de Cachoeira de Minas, às 13h30, no Sítio Santa Clara. O próximo evento será em Turvolândia, nesta sexta-feira (14/7), às 9h, no Sítio São Domingos.

Na próxima semana, as atividades serão retomadas com dias de campo em Ingaí (17/7 – no Sítio Santa Edwirges), Conceição da Barra de Minas (18/7 – Sítio Rancho Alegre), Andrelândia (19/7 – Sítio Mato Grosso), Aiuruoca (20/7 – Sítio Bela Vista) e Dom Viçoso (21/7 – Sítio Pinhão Grande).

Mais informações podem ser obtidas nos escritórios locais da Emater-MG. Os interessados em adquirir sementes podem fazer as encomendas na Assessoria de Negócios Agropecuários (e-mail asagro@epamig.br / telefone 31 3489-5060) ou no Campo Experimental de Sertãozinho (cest@epamig.br / 34 3821-8699).

Fonte: Agência Minas

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Minas Gerais

Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!

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Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.

O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.

Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.

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As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta  vulnerabilidade dos trabalhadores.

A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.

O caso segue em investigação.

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