Minas Gerais
Unimontes realiza primeira banca de mestrado em um Quilombo/Terreiro
A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), por meio do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), realizou nos últimos meses, diversas ações relacionadas com as comunidades quilombola e tradicionais.
Entre as ações, duas se destacaram pelo ineditismo: foi a primeira vez que a banca de mestrado da Unimontes foi feita em território Quilombola e Terreiro de Candomblé, e a primeira vez também de uma indígena mestra pelo programa. Os mestrandos fazem parte do Grupo de Pesquisa para uma Educação Decolonial (Gdeco-Etnopo) e foram orientados pelo professor Heiberle Horácio.
O trabalho do mestrando Wellington Coimbra, intitulado “Candomblé de Angola no Quilombo Manzo Diá Luango: História, Ensinagens e Educação”, foi apresentado à banca nas dependências da comunidade de matriz africana Manzo diá Luango, no município de São Francisco, região Norte de Minas.
“Entender as ‘ensinagens’ é defender um outro modo de ser e viver o mundo, uma educação complexa e necessária para um Brasil negro e indígena. Foi um encontro entre a necessidade da educação com a valorização dos saberes tradicionais.”, destaca o mestrando sobre a apresentação na comunidade.
Tita Maxakali, integrante do Gdeco-Etnopo, também foi protagonista. Ao apresentar sua dissertação: “Os Processos Educativos das/nas Festas Canoeiros Maxakali, e as escolas coronel-murtenses”; tornou-se a primeira indigena mestra pelo PPGE.
”Fazer o mestrado foi um processo de construção coletiva que só foi possível porque fui apoiada por meu orientador, Heiberle Horário. Encontrei pessoas acolhedoras na Unimontes que me apoiaram e me ajudaram a superar as minhas dificuldades”, afirmou a indígena.
Fonte: Agência Minas
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.