Minas Gerais é um dos estados com maior número de idosos no Brasil. São 3,7 milhões de pessoas acima de 60 anos, o que coloca os mineiros no segundo lugar do ranking nacional, atrás apenas de São Paulo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda conforme dados do instituto, em 2030, o número de idosos vai superar, pela primeira vez, o de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos.

Diante desse cenário, a Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais (Utramig) disponibilizou, nestes seis primeiros meses do ano, o recorde de 589 vagas para o curso de cuidador de idosos, na modalidade educação a distância (EAD).

Em dezembro de 2021, a Utramig e a Universidade Federal de Viçosa (UFV), na Zona da Mata, firmaram um Termo de Cooperação Técnica para oferecer o curso de cuidador de idosos, com carga horária de 160 horas, sendo que as aulas estão em andamento. O objetivo é capacitar profissionais para o cuidado integral e humanizado da pessoa idosa, além de qualificar o cuidador sobre as síndromes geriátricas, noções básicas para o atendimento de primeiros socorros do idoso e os fundamentos para a promoção da saúde.

O curso da Utramig também visa assistir o idoso no tocante ao conforto, higiene, alimentação, integridade física e cuidados paliativos no fim da vida, além de promover uma comunicação clara e objetiva com os idosos, suas famílias e equipes de saúde.

Segundo o IBGE, o município de Viçosa apresenta porcentagem de idosos superior à média do país. Atualmente o número de pessoas com 60 anos ou mais representam 11,04% da população. Essa porcentagem é relevante, visto que, a região tem uma população flutuante considerável formada por universitários vindos de outras cidades, estados ou países.

“Sabendo que a pirâmide demográfica brasileira está invertida, uma vez que já somos mais velhos do que jovens, capacitar as pessoas no território, para que elas cuidem dos idosos, é de extrema importância para a Utramig, a fim de atender uma demanda não apenas do mercado de trabalho, mas, principalmente, da sociedade”, conclui o presidente da Fundação, Paulo Azeredo.