A cidade de Passos já pode ser chamada de “Capital Mineira dos Móveis Rusticos”. De acordo com o secretário-adjunto do governo de Minas Gerais, Fernando Passalio Avelar,  quem  promove esse reconhecimento aos Arranjos Produtivos Locais (APLs) é  a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, a qual ele está a frente, e segundo os parâmetros do Estado, o setor moveleiro em Passos apresenta estrutura, produção e potenciais adequados para enquadramento a este título.

A notícia foi recebida com muito entusiasmo e satisfação pelo prefeito de Passos, Diego Oliveira, e por vários representantes do setor moveleiro representados pela ACIMOV (Associação Comercial e Industrial de Movéis de Passos), que tem como presidente,  Douglas dos Reis Andrade.

Fernando Passalio integrou a comitiva que veio  a Passos com o  vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant, nesta terça-feira (22/02) para um encontro com lideranças políticas e representantes do setor empresarial. A reunião foi realizada no auditório da Ameg (Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande).

Passalio afirmou que a pasta dará andamento aos trâmites para reconhecimento do título,  que com certeza trará  maior visibilidade para a cidade de Passos, bem como abrirá um  leque de oportunidades aos empresários do setor moveleiros como, por exemplo, acesso facilitado às linhas de créditos e financiamentos junto à Caixa Econômica Federal (CEF).

O diretor de comunicação da ACIMOV, Marcelo Silva Coimbra, aproveitou a oportunidade para apresentar ao vice-governador e sua equipe, as ações desenvolvidas e planos futuros  da associação. Coimbra falou sobre a existência de 200 fábricas de móveis rústicos e dos cerca de 4 mil empregos que o setor gera em Passos.  “Estima-se um caminhão de móveis rústico por hora saindo da cidade”, declarou o diretor mostrando o potencial de produção passense.

Por outro lado, o setor ainda apresenta algumas dificuldades como falta de mão-de-obra qualificada; falta de acesso às linhas de crédito e financiamento; necessidade de criação de uma Usina de Destinação de Resíduos das Fábricas (pequenos pedaços de madeira e serragem); e de se reunir as empresas moveleiras em um só local já que hoje elas se encontram espalhadas por toda a cidade.

Em relação a esta última questão,  Coimbra disse que já existe em construção, em fase de terraplanagem, um Condomínio Empresarial que será destinado ao setor moveleiro. No entanto, é preciso buscar linhas de créditos atrativas para que os empresários possam construir seus barracões e toda estrutura de trabalho.

Valéria Faleiros

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