A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito policial que apurou o feminicídio, ocorrido na madrugada do último dia 17, em João Pinheiro, Noroeste do estado, quando a vítima, de 34 anos, foi morta com 80 facadas dentro de casa. O suspeito, de 24, autuado em flagrante e agora preso preventivamente, foi indiciado pelo crime e ainda por lesão corporal contra a mãe e o filho da namorada, de 59 e 8 anos, agredidos ao defender a mulher.

Os levantamentos da equipe da Delegacia em João Pinheiro apontam que a execução foi premeditada, segundo o delegado Danniel Pedro Lima de Araujo da Conceição. “Os policiais civis identificaram em redes sociais que, horas antes do ataque, o investigado postou uma publicação contendo ameaça de morte, na qual a vítima foi marcada”, completa. Conforme relatos à polícia, o casal estava junto há três meses e o crime teria sido motivado por ciúmes, inclusive, a mulher estaria tentando o término do relacionamento.

Danniel informa também que, no dia dos fatos, a perícia da PCMG foi acionada, constatando o número de golpes de faca, bem como a Polícia Militar esteve no endereço, mas o homem já havia deixado o local. Após rastreamento, o suspeito foi encontrado por militares na casa da mãe dele, com a roupa suja de sangue. Ele foi encaminhado à Delegacia em Paracatu e preso em flagrante. A prisão foi convertida em preventiva, e o investigado continua no sistema prisional.

Com a conclusão do inquérito policial, o suspeito, que ficou em silêncio, foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de meio cruel e contra a mulher em situação de violência doméstica e familiar, com a causa de aumento de pena por ter sido praticado na presença do ascendente e descendente da vítima. Em relação às agressões ao filho, por lesão corporal qualificada pela violência doméstica. Quanto à mãe, por lesão corporal praticada contra a mulher.

Fonte: Polícia Civil de MG