Polícia
Operação Sepulcro Caiado tem 31 presos e R$ 3,5 bilhões bloqueados
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta quarta-feira (23/8), a operação Sepulcro Caiado, que resultou na prisão de 31 pessoas, além do sequestro judicial de 49 veículos, 14 imóveis, 30 cavalos de raça e bloqueio de ativos financeiros no valor de 3,5 bilhões. A investigação foi realizada pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro do 4º Departamento de Polícia Civil em Juiz de Fora.
Cerca de 500 policiais civis, militares e penais participaram da ação, realizada simultaneamente em Juiz de Fora, Lima Duarte, Divinópolis, Cariacica (ES), São Paulo e Rio de Janeiro. Dos 31 mandados cumpridos, 29 foram em Juiz de Fora, um em Lima Duarte e um São Paulo. Foram alvos de busca e apreensão 21 empresas investigadas por lavagem de dinheiro, as quais tiveram suas contas bloqueadas.
De acordo com o delegado responsável pela operação, Rômulo Segantini, as investigações iniciaram em 2021. Foi apurado que empresas eram utilizadas para a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Uma empresa instalada no Espírito Santo também está entre as investigadas. “Um dos líderes da organização criminosa adquiria cavalos de raça. Ao todo, foram 30 semoventes apreendidos, que são avaliados em quase R$ 1 milhão”, ressaltou.
Entre as empresas, estão bares, restaurantes, açougues e distribuidoras de bebidas situadas em diferentes regiões de Juiz de Fora. Contudo, a investigação apontou que o bairro Vila Ideal, na Zona Norte, concentrou a maior movimentação do tráfico de drogas. Os bairros Furtado de Menezes, Poço Rico, Grambery e Olavo Costa também tiveram empresas dentre os alvos.
O rastreamento dos valores chegou a apurar a movimentação de cerca de R$ 3,5 bilhões. Além de ligações com tráfico de drogas em outros estados, as organizações criminosas também atuavam no roubo e clonagem de veículos.
Para o chefe do 4º Departamento de Polícia Civil em Juiz de Fora, delegado Eurico da Cunha Neto, a operação é um feito histórico. “Com ações como essa, a PCMG demonstra que o trabalho de inteligência e a persistência em investigações de médio e longo prazo são capazes de resultados que atingem a estrutura do crime organizado”, ressaltou.
Sepulcro Caiado
Segantini explica que o nome da operação, um termo bíblico, transmite a ideia de algo bonito por fora, com acabamento e beleza, mas que é fétido por dentro, revelando o seu verdadeiro significado, em referência à natureza do esquema criminoso investigado.
Fonte: Polícia Civil de MG
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.