Polícia
PCMG integra força-tarefa de combate à sonegação fiscal
Na manhã desta quarta-feira (31/5), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), integrante do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), participou da operação Hefesto, que investiga os crimes de falsidade ideológica, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
O principal alvo é uma indústria siderúrgica de beneficiamento de sucatas, localizada em Alvinópolis, na região Central do estado, suspeita de utilizar notas fiscais falsas na aquisição de mercadorias de origem desconhecida, com o intuito de conferir aparência lícita à mercadoria e reduzir ou suprimir o ICMS que deveria ser pago. Estima-se que, nos últimos cinco anos, o prejuízo aos cofres públicos seja de, aproximadamente, R$ 11 milhões.
Foram cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão na sede da empresa, no escritório de contabilidade e na residência de pessoas físicas, nos municípios de Alvinópolis e João Monlevade.
Esquema criminoso
A fraude investigada consistiria na utilização de empresas em nome de terceiros (“laranjas”), para emissão de notas fiscais falsas, que simulariam o fornecimento de sucata. Entretanto, na realidade, a sucata teria origem diversa.
As investigações também apuram o crime de lavagem de dinheiro, consistente na possível ocultação da localização, propriedade e movimentação dos valores originários dos crimes tributários.
Participam das atividades operacionais 24 servidores da Receita Estadual, dois promotores de Justiça, um delegado e 11 policiais civis.
Projeto CIRA 360º
A operação é parte de uma nova fase de estruturação do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Minas Gerais (CIRA-MG). O Projeto Cira 360º propõe o fortalecimento da política de estado de recuperação ativos, prevenção de distorções de mercado e promoção da concorrência leal em diversos setores econômicos em Minas Gerais. A iniciativa pioneira inspirou a criação de estratégias semelhantes em outros estados da federação.
Por meio da articulação do Cira, os órgãos que o compõem – Ministério Público de Minas Gerais, Receita Estadual, Advocacia-Geral do Estado (AGE/MG), Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e as polícias Civil e Militar -, realizaram investigações de fraudes estruturadas, com a recuperação, direta e indireta, de aproximadamente R$ 17 bilhões para a sociedade mineira.
fotos: Divulgação MPMG
Fonte: Polícia Civil de MG
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.