Polícia
Repressão a estelionato: PCMG prende sete e desmantela grupo criminoso
Com a prisão de sete suspeitos, entre eles o casal líder e os braços direitos da liderança, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) desarticulou uma organização criminosa atuante na prática de estelionato. Os mandados foram cumpridos em Belo Horizonte, além de Ibirité, Contagem e Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana (RMBH), no último dia 16, e o resultado dos trabalhos investigativos apresentados hoje (22/4) em coletiva de imprensa.
Segundo o titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil em Ibirité, responsável pela investigação, delegado Gabriel Martins Araújo, o grupo falsificava documentos de identificação utilizando dados pessoais de vítimas, obtidos em plataformas de marketing de venda – algumas ilícitas e outras lícitas, mas não para essa finalidade -, usava fotos dos próprios membros e solicitava a instituições bancárias a emissão de cartões de crédito.
“Eles faziam a solicitação via aplicativo bancário, enviando inclusive uma selfie. A partir disso, recebiam cartão de crédito e faziam a utilização indevida”, completa Araújo ao pontuar que os cartões eram utilizados em máquinas até mesmo em estabelecimentos – principalmente de fachada – dos próprios integrantes da organização criminosa. “Então eles recebiam enorme vantagem financeira”, observa.
Investigações
O trabalho investigativo ocorre há aproximadamente dois anos. O início das apurações começou no fim de 2021, quando uma pessoa que teve seus dados utilizados procurou a delegacia. A partir daí, foram identificadas mais de 30 vítimas residentes em Ibirité, além de dezenas na RMBH. “Vítimas relataram que foram surpreendidas com ligações ou cartas de cobrança”, conta o delegado.
No decorrer dos levantamentos, sete suspeitos de envolvimento no esquema foram identificados – três homens e quatro mulheres, com idades entre 30 e 40 anos – contra os quais foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão. A equipe policial, com o desdobramento das apurações, chegou a outros três alvos. Um dos suspeitos é procurado, enquanto os demais são investigados para posterior representação de cautelares à Justiça.
Conforme Araújo, estima-se que as transações ilícitas referentes às vítimas de Ibirité tenham movimentado cerca de R$ 100 mil. “Os líderes dessa organização desfrutavam de uma vida luxuosa: veículos e uma casa de alto padrão na cidade de Contagem, além de viagens de luxo, com dinheiro ilícito”. Durante a operação, foram apreendidos três carros, avaliados em R$ 330 mil, bem como celulares e notebooks. As investigações prosseguem pela PCMG.
Fonte: Polícia Civil de MG
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.