Polícia
Segunda fase da operação Saxa-Montis desarticula organização criminosa
Uma organização criminosa com atuação no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, principalmente na capital e Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), foi o foco da segunda etapa da operação Saxa-Montis, deflagrada na manhã de hoje (19/5), pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, sendo um em Parati (RJ), e os demais em Vespasiano, onde um homem foi preso preventivamente, e em Lagoa Santa, na RMBH.
Nesta segunda etapa da ação policial, a PCMG focou no núcleo de lavagem de dinheiro do grupo criminoso. Foram apreendidos computadores, celulares e outros equipamentos que serão periciados.
O delegado Francisco Barbosa Neto, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), explicou que o homem preso na ação de hoje foi detido em Vespasiano, apontado como responsável legal do posto de combustíveis na cidade de Parati (RJ), empresa que funcionava como fachada para a lavagem de capitais do grupo. “Durante as investigações, conseguimos demonstrar o envolvimento dele principalmente com a lavagem de dinheiro. Além disso, vinculamos ele ao esquema criminoso por meio de várias viagens que ele realizou ao Rio, ao que tudo indica para se encontrar com o líder do grupo criminoso e articular todo o sistema de lavagem de capitais”, revelou.
Ao longo da investigação que seguiu a primeira etapa da operação Saxa-Montis, que durou cerca de um ano, foram presos 11 indivíduos envolvidos principalmente na lavagem de capitais com origem no tráfico.
Saxa-Montis
Em julho de 2021, a PCMG desencadeou a primeira fase da operação, prendendo dez integrantes da organização criminosa, que era responsável pela distribuição de drogas em Belo Horizonte, região metropolitana, além de abastecer algumas localidades da região do Rio de Janeiro também com cocaína, como Parada de Lucas e Cidade Alta.
Na ocasião, foi apreendida mais de uma tonelada de cocaína, cerca de 60 veículos e R$600 mil em dinheiro, além de dez imóveis de luxo bloqueados judicialmente.
O delegado João Francisco explica que durante o cumprimento dos mandados de prisão na primeira fase da operação, o líder do grupo fugiu, ficando foragido durante aproximadamente um ano e meio e, em janeiro deste ano, A PCMG realizou a prisão dele na cidade do Rio de Janeiro, na localidade de Cidade Alta, de onde ele continuava comandando a distribuição de drogas também para Vespasiano e Belo Horizonte.
“Importante dizer que, no total de 30 prisões da operação, todos os envolvidos já foram julgados e condenados, com penas que, somadas, ultrapassam 1500 anos de prisão. Os quatro principais condenados, do alto escalão da organização criminosa, tiveram prisão com mais de cem anos cada. Por isso, acreditamos termos conseguido impactar de forma contundente no narcotráfico com essa ação exitosa”, finalizou o delegado.
Fonte: Polícia Civil de MG
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.