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Comissão de Acompanhamento do Acordo de Mariana aprova relatório final

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A Fundação Renova tem sido ineficiente na condução do processo de reparação dos danos aos atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (Região Central do Estado). A conclusão é da Comissão Extraordinária de Acompanhamento do Acordo de Mariana, que aprovou seu relatório final na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (29/11/23).

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A comissão foi criada para avaliar o cumprimento do acordo de reparação firmado em 2016 pela União, pelos Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo e pelas empresas Samarco, BHP Billiton e Vale. Houve atrasos e descumprimentos das cláusulas desse acordo, o que prejudicou comunidades atingidas e comprometeu a recuperação do Rio Doce, no entendimento da comissão.

O rompimento da Barragem de Fundão, da mineradora Samarco, de propriedade da BHP Billiton e da Vale, ocorreu no dia 5 de novembro de 2015. O colapso da estrutura, no que ficou conhecido como tragédia de Mariana, ocasionou o derramamento de 40 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério no leito do Rio Doce. A onda de lama deixou 19 pessoas mortas e destruiu completamente o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana.

Passados oito anos, um novo acordo de reparação de danos está sendo pactuado. Porém, as negociações ocorrem de maneira sigilosa, sem a participação dos atingidos, conforme aponta o relatório final da comissão. O relator, deputado Ulysses Gomes (PT), repudiou o sigilo do processo por considerá-lo arbitrário e prejudicial à legitimação das negociações.

O parlamentar ainda lamentou que a ALMG foi excluída desse processo e reclamou que muitas reivindicações dos atingidos não foram atendidas até hoje. Segundo ele, são recorrentes as reclamações que levam à judicialização de demandas individuais. Para o relator, a individualização do processo de negociação não é a maneira adequada de lidar com problemas de interesse público.

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Quanto à Fundação Renova, criada para executar as ações de reparação de danos, o relatório aponta que tanto atingidos quanto autoridades reconhecem a sua ineficiência. Segundo o documento, a entidade violou diversos direitos que já haviam sido acordados. Como a ALMG não teve acesso às negociações do novo acordo de Mariana e a Renova não compareceu às reuniões realizadas pela comissão, não se sabe ao certo a responsabilidade da entidade nesse processo.

Novo acordo de Mariana precisa garantir direitos dos atingidos

O relatório da comissão recomenda que o novo acordo de Mariana leve em consideração a oferta de trabalho e moradia digna e a garantia de direitos dos atingidos, além da reparação dos territórios afetados pela lama de rejeitos. O documento também lembra que vários sujeitos de direitos foram invisibilizados e não receberam nenhuma reparação pelos danos sofridos. É caso de pescadores, ribeirinhos e comunidade indígenas às margens do Rio Doce.

A comissão ainda defendeu a participação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce nas negociações e reforçou a importância das assessorias técnicas interinstitucionais (ATIs), para garantir a participação informada dos atingidos nesse processo.

“Espero que este relatório contribua para a mudança dessa perspectiva e que a repactuação venha de fato melhorar a vida dos atingidos. É inaceitável que, depois de oito anos, não haja um redirecionamento dos bilhões de reais que serão investidos”, afirmou o parlamentar.

Segundo ele, os trabalhos da comissão terão continuidade até a celebração desse novo acordo. Os parlamentares pretendem avaliar se a nova repactuação vai atender as necessidades das pessoas que tiveram suas vidas afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão.

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Relatório será encaminhado a diversos órgãos

O relatório da comissão será encaminhado para diversos órgãos, como Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), Conselho Nacional de Justiça (CNJ), governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, Ministérios Públicos Federal e Estadual, Defensoria Pública, Advocacia-Geral do Estado (AGE), Tribunal de Contas da União (TCU) e Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce.

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O deputado Leleco Pimentel (PT) disse que há indícios graves de corrupção no processo de reparação de danos conduzido pela Fundação Renova e defendeu que o TCU investigue a responsabilidade da entidade. Essa recomendação foi incorporada ao relatório final da comissão.

Também foi incorporado ao relatório requerimento do deputado Leleco Pimentel para a realização de visita ao distrito de Santa Rita Durão, em Ouro Preto (Região Central do Estado), para verificar a situação da estrutura de contenção de rejeitos da mina de Fábrica Nova, da Vale. Segundo o parlamentar, a instabilidade dessa estrutura pode oferecer risco à comunidade.

Já o deputado Celinho Sintrocel (PCdoB) teve aprovado requerimento de sua autoria para encaminhar ao TRF-6, que conduz as negociações do novo acordo de Mariana, pedidos de pavimentação de estradas com os recursos que serão desembolsados pela Samarco.

Em seu discurso, o deputado Doutor Jean Freire (PT) considerou um crime o rompimento da barragem de Fundão e reforçou que as pessoas que mais sofreram não foram devidamente reparadas. “A vida não vai voltar como era antes. O Rio Doce não vai voltar como era antes”, lamentou.

Fonte: Assembleia Legislativa de MG

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ESPORTES

De campeão olímpico a campeão do povo: Maurício do Vôlei reafirma compromisso com os brasileiros e derrota o retorno do DPVAT

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Ontem foi escrita mais uma página de uma história que já inspirou milhares de brasileiros. A Câmara dos Deputados rejeitou a volta do famigerado DPVAT, o imposto que, durante anos, pesou no bolso de milhões de cidadãos. Entre os nomes que se destacaram nesta batalha, está o deputado federal Maurício do Vôlei, um homem cuja trajetória é marcada pela entrega, pela superação e pelo compromisso inabalável com a nação.

No início do ano passado, ao votar favoravelmente à retomada do DPVAT por engano, Maurício não fugiu de sua responsabilidade. Reconheceu o erro publicamente e, com humildade, pediu desculpas ao povo brasileiro, mostrando que lideranças fortes também sabem ser humanas. Desde então, o deputado trabalhou incansavelmente para provar que sua luta vai além de um voto ou de um discurso — ela é pela proteção dos valores que sustentam nosso país: a família, a fé e a liberdade.

“Sempre defenderei os brasileiros, assim como defendi as cores da bandeira nas quadras. Minha missão não mudou. Não sou daqueles que mudam de camisa para agradar ou vencer uma eleição. Fui, sou e sempre serei conservador, defensor da família, do trabalho honesto e do futuro das próximas gerações”, afirmou o parlamentar, emocionado, logo após a vitória no plenário.

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Assim como em sua carreira no vôlei, Maurício jogou limpo. Diferente de muitos que alternam entre partidos e bandeiras de acordo com o vento político, ele permaneceu firme em seus princípios no PL. Para ele, o mandato não é sobre garantir reeleição; é sobre construir um legado — um Brasil que mantenha suas raízes e seu povo livre de amarras.

Ontem, a Câmara mandou um recado claro ao país: impostos que penalizam ainda mais os trabalhadores brasileiros, como o DPVAT, não têm espaço aqui. E Maurício do Vôlei deixou registrado que está e sempre estará em defesa das pessoas que acreditam num Brasil forte e justo.

Se ontem ele estava nas quadras levantando troféus pelo Brasil, hoje ele ergue as bandeiras da família, da justiça e do povo. Maurício do Vôlei segue sendo um campeão — não só no esporte, mas na vida pública.

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