Atingido por um incêndio em março deste ano, o Instituto de Educação de Minas Gerais será visitado, nesta segunda-feira, pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A visita ao prédio na Rua Pernambuco, 47, se inicia às 14h30.

De acordo com o requerimento para realização da visita, o objetivo é realizar um diagnóstico sobre a infraestrutura e as condições de funcionamento do local. A solicitação foi feita pela presidenta da comissão, deputada Beatriz Cerqueira (PT).

O Instituto de Educação funciona em um prédio histórico desde 1946. O imóvel começou a ser construído em 1897, durante a fundação de Belo Horizonte. Anteriormente, abrigou o Fórum de Justiça e depois a Escola Normal Modelo, para formação de professores.

Atualmente, o Instituto tem cerca de 2 mil alunos matriculados nos ensinos fundamental e médio, e aproximadamente 270 funcionários. Em consequência do incêndio ocorrido em 22 de março deste ano, apenas os alunos do ensino fundamental continuam a ter aulas no mesmo local, em um imóvel não atingido pelas chamas.

Os estudantes do ensino médio foram realocados em um prédio de nove andares na rua Guajajaras, 175, no Centro, para que parte do imóvel da rua Pernambuco, que é tombado pelo Patrimônio Histórico, possa permanecer fechado para obras de restauração.

De acordo com informações divulgadas pelo Governo do Estado em março, os projetos para reforma e restauração do Instituto de Educação estão a cargo do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) e devem incluir investimentos de cerca de R$ 30 milhões.

Além da restauração do prédio, também está prevista a implantação do projeto do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), o qual inclui a instalação de um sistema de alarme para incêndio. A previsão de conclusão da restauração é de 36 a 60 meses.

Aluno confessou ter iniciado incêndio

O incêndio ocorrido em 22 de março atingiu apenas duas salas. As chamas foram controladas no mesmo dia, após a escola ser esvaziada. Cerca de 40 pessoas foram atendidas no Hospital João XXIII, mas não houve feridos com gravidade. Um dos alunos do Instituto confessou ter iniciado o incêndio de forma não intencional.

O adolescente disse à polícia ter feito uso de um cigarro na companhia de um colega, em uma sala de aula onde algumas carteiras estavam empilhadas e cobertas por plástico.

Ele descartou o cigarro ainda aceso, o que acabou abrindo um buraco no material plástico. Em seguida, ele aplicou fogo com um isqueiro e abandonou o local. Apesar disso, ele negou a intenção de provocar o incêndio.

Fonte: Assembleia Legislativa de MG