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Política

Conselhos profissionais da saúde são contra graduação a distância na área

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Representantes de conselhos profissionais da saúde foram unânimes ao se posicionarem contra a oferta de cursos de graduação na modalidade de ensino a distância (EaD) no setor. Eles participaram, nesta terça-feira (14/11/23), de audiência pública conjunta das Comissões do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social e de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

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A reunião, solicitada pelos presidentes dessas duas comissões, deputado Betão (PT) e deputada Beatriz Cerqueira (PT), respectivamente, abordou as consequências desse tipo de modalidade de ensino na formação profissional na área e os impactos no ensino superior.

Presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 4ª Região, Anderson Coelho disse que, em 2016, houve uma primeira portaria do Ministério da Educação que flexibilizou o ensino a distância para diversos cursos.

Naquele momento, a medida não chegou a afetar os cursos da área da saúde, o que de fato ocorreu a partir da pandemia de Covid-19 por uma necessidade temporária, mas que se perpetuou, como relatou.

Anderson Coelho disse que o número dessas vagas tem crescido mais de 20 vezes, se comparado com a de cursos presenciais. Segundo ele, isso causaria grande prejuízo para a formação de profissionais, que precisam não só do conteúdo propriamente dito, mas também de referências para um atendimento humanizado e próximo do paciente.

Ele salientou que nenhuma universidade pública oferece essa modalidade na área da saúde e que instituições privadas, algumas com capital aberto na Bolsa de Valores, começaram a abrir essas vagas, com oferta de turmas com até mil alunos para as quais são exibidas aulas gravadas por anos, além da contratação de tutores com vínculos precários.

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Expansão desordenada de cursos EaD

Presidenta do Conselho Regional de Fonoaudiologia, Isabella Bicalho também criticou a expansão desordenada dos cursos a distância em saúde.

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Ela destacou o Censo da Educação Superior de 2021, divulgado em setembro do ano passado, que mostrou que o número de ingressantes em cursos EaD mais que quadruplicou de 2011 a 2021. Esse mesmo censo revelou que, em 2021, o número de matrículas em cursos a distância na rede privada já ultrapassa o número de matrículas em cursos presenciais.

Conforme disse, esse incremento também ocorreu nos cursos de Fonoaudiologia. A área está na décima posição no ranking de oferta de vagas de EaD, segundo dados de 2022.

Isabella Bicalho enfatizou, por fim, que o curso presencial é fundamental para a formação de profissionais da área que devem se pautar por um atendimento humanizado e por um trabalho multiprofissional e interdisciplinar.

Concordou com ela a diretora tesoureira do Conselho Regional de Nutricionistas da 9ª Região, Daniela Ferreira.

Ela também destacou que a modalidade a distância na saúde cresceu em um ritmo acelerado, sem que houvesse um acompanhamento da qualidade do ensino. Como contou, em Minas, há 85 cursos de Nutrição presenciais e 689 a distância.

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Desafios

O presidente do Conselho Estadual de Educação, Felipe Michel Santos Araújo Braga, e a assessora chefe de Ensino Superior da Secretaria de Estado de Educação, Leandra Felicia Martins, contaram que as duas universidades públicas estaduais – Uemg e Unimontes – não oferecem cursos de graduação em EaD na saúde.

Ele defendeu que haja cautela na oferta desses cursos e uma regulação específica. Apesar disso, disse que a modalidade não pode ser demonizada porque é opção de atendimento para população do interior com cursos semipresenciais.

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Abertura de cursos presenciais de forma desenfreada também preocupa

A vice-presidente do Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais, Marina Moreira, salientou que a abertura indiscriminada de faculdades de Odontologia, com oferta de cursos presenciais, já trouxe um cenário complicado para profissionais, com alguns recebendo no máximo R$ 80 por dia em algumas clínicas.

Em sua opinião, a oferta de cursos de Odontologia a distância tornaria esse contexto ainda pior. “Qual a qualidade e a técnica que um dentista formado em EaD vai oferecer?”, questionou.

Embora essa modalidade de ensino não seja uma realidade na Medicina até o momento, a 1ª vice-tesoureira do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, Regina Barbosa, salientou que a ampliação de cursos presenciais têm gerado preocupação para o conselho.

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Diretora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Alamanda Kfoury defendeu o curso presencial na área. “Como os alunos vão desenvolver habilidades não só manuais, mas também técnicas, comunicativas, morais, humanísticas e éticas de uma forma que não seja pela relação próxima entre aluno e professor?”, questionou.

Deputados destacam que cenário é grave

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Os deputados Betão e Leleco Pimentel (PT) consideraram graves as informações trazidas pelos representantes dos conselhos profissionais.

Eles disseram que os dados mostram que o cenário é alarmante e que é preciso tomar medidas para que esse ensino a distância não prospere.

A deputada Macaé Evaristo (PT), vice-presidenta da Comissão de Educação, falou da importância da discussão.

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O deputado Coronel Henrique (PL) também se mostrou contrário à oferta da modalidade na Saúde. Ele disse que os impactos são desastrosos, com a baixa qualificação dos profissionais.

Fonte: Assembleia Legislativa de MG

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Secretariado em Arcos é anunciado pela nova gestão

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Nesta segunda-feira, 11 de novembro, o Prefeito Eleito Dr. Wellington Roque e o vice Ronaldo Gonçalves apresentaram oficialmente os secretários e secretárias municipais que irão compor o governo de Arcos na gestão 2025/2028.
Este novo time administrativo se destaca pela vasta experiência em gestão de projetos e administração pública, evidenciando um forte compromisso com o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social de Arcos.
Pela primeira vez na história do município, o secretariado conta com três mulheres em posições de liderança, incluindo a inédita nomeação de uma Secretária de Fazenda, um cargo historicamente ocupado por homens.
Abaixo, conheça os nomes e cargos do novo secretariado:
• Cláudia Cardoso Soares – Secretária de Fazenda
• Aline Maria Correia Arantes – Secretária de Saúde
• Lilian Teixeira Garcia Gomes – Secretária de Educação
• Dênio Dutra Barbosa – Secretário de Administração
• Rodolfo Geraldo Dalariva Silva – Secretário de Obras e Serviços Públicos
• João Paulo Estevão Rodrigues Roque – Secretário de Governo
• Marlon Batista da Costa – Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável
• Ronaldo Gaspar Ribeiro – Secretário de Integração Social
• Evandro Marinho Siqueira – Secretário de Meio Ambiente
• João Paulo Alves Gomes – Secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo
Com um time preparado e altamente qualificado, a nova administração busca consolidar uma gestão eficiente e inovadora, pronta para atender às demandas da população e promover o crescimento equilibrado e inclusivo de Arcos.
A posse dessa equipe de alto nível será um marco no início de um ciclo de ações voltadas para o fortalecimento do município nos próximos quatro anos.

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