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Política

Diversidade e inclusão na Santa Casa BH serão debatidas na ALMG

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Debater o programa de diversidade e inclusão implantado pela Santa Casa de Misericórdia Belo Horizonte. Esse é o objetivo da audiência pública que a Comissão de Participação Popular realiza nesta quarta-feira (29/05/24), a partir das 15 horas, no Auditório do andar SE do Palácio da Inconfidência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião atende a requerimento do deputado Leleco Pimentel (PT).

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No requerimento que possibilitou a audiência, Leleco Pimentel lembra que o objetivo do programa da Santa Casa BH é, segundo sua direção, avançar constantemente na consolidação da transformação cultural desta instituição filantrópica, tornando-se uma organização cada dia mais segura, transparente, diversa e inclusiva.

Leleco Pimentel lembra ainda, em seu requerimento, que desde 1899, por meio do atendimento à saúde, ensino, pesquisa, inovação e assistência social, a Santa Casa BH vem atuando pautada por passos estrategicamente estruturados. “A Santa Casa BH acredita que a saúde é um direito de todos e trabalha incansavelmente para que esse direito seja garantido”, destaca.

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Não à toa, conforme lembra, atualmente a instituição é dotada de uma estrutura moderna dividida em dez unidades, com 1,2 mil leitos, 27 salas cirúrgicas, parque tecnológico e ambulatórios bem equipados e atendimento em mais de 35 especialidades, contabilizando cerca de 3,4 milhões de atendimentos anuais.

“Seu corpo docente é qualificado e forma profissionais do nível técnico ao pós-doutorado. Seu atendimento em assistência social oferece diversos benefícios e sepultamento gratuito para pessoas em situação de vulnerabilidade. A Santa Casa BH possui mais de 6,5 mil colaboradores que trabalham com amor e dedicação para oferecer saúde de ponta para todas e todos”, completa o parlamentar.

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Foram convidados para a audiência pública quatro gestoras da Santa Casa BH: a superintendente de Governança, Planejamento e Auditoria, Luciana Tameirão Caldeira de Araújo; a superintendente de Relações Institucionais, Raquel Ratton Alves de Sousa, a gerente de Governança Corporativa, Compliance e Cultura, Gabriela Cristina de Araújo Lima; e a analista de Compliance Pleno, Izabela Silva Freitas.

Fonte: Assembleia Legislativa de MG

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Queijo de Leite Cru pode ser reconhecido como patrimônio mundial da humanidade pela UNESCO

“O governo brasileiro autoriza a produção do queijo de leite cru, mas amarra a vaca do produtor: leis permitem produzir queijos artesanais, mas exigências como pasteurização do leite tiram sua essência e barram sua comercialização. Quando a UNESCO reconher o queijo será que vã soltar a vaca?”

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POR Alex Cavalcante  – O queijo, um dos alimentos mais antigos do mundo, tem registros que remontam a 2000 a.C. no Egito Antigo, onde há representações de sua produção em hieróglifos encontrados em tumbas, certamente é um patrimômio mundial da humanidade. Inicialmente, o queijo surgiu como uma forma de conservação do leite e tornou-se essencial na alimentação de várias civilizações, principalmente de povos mais ricos. No Brasil, essa prática foi adaptada e evoluiu, culminando no famoso Queijo Minas Artesanal, (o queijo o leite de cru).

No Brasil, a história nos conta que essa iguaria foi introduzida por portugueses, por volta do século XVIII, com referência nas regiões montanhosas de Minas Gerais, produzido especialmente na região da Serra da Canastra onde o clima e o solo criaram condições únicas para o desenvolvimento de queijos com características próprias, como sabor forte, textura diferenciada e aroma marcante. A produção é inteiramente artesanal e baseada em técnicas tradicionais, utilizando leite cru o artesão confere personalidade e autenticidade ao queijo, que por si só, se torna uma raridade, uma obra de arte que você comer em ocasiões especiais.

Se de uma lado temos essa técnica secular, cheia de magia, história e fascínio, do outro lado temos a legislação e a burocracia, absurdas no Brasil, o queijo de leite cru também é alvo de debate devido às restrições legais impostas pela legislação sanitária nacional e embora o queijo de leite cru seja considerado uma iguaria de qualidade, responsavél por premiações mundiais em concursos renomados, sua comercialização enfrenta limitações no Brasil. O principal regulamento é o RIISPOA (Decreto nº 9.013/2017), que exige rigorosos padrões sanitários, incluindo a pasteurização do leite, algo que contradiz a essência do queijo artesanal, tanto no Brasil, quanto no mundo. Em síntese o governo autorizao produtor fazer o queijo, mas na prática te toma a vaca.

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A Lei nº 13.680/2018, conhecida como a “Lei do Selo Arte”, por exemplo, trouxe avanços ao autorizar a comercialização interestadual de queijos artesanais com certificação, mas o processo de obtenção do selo ainda é burocrático e inacessível para muitos pequenos produtores, em grande maioria, que aos poucos abandona a produção. Além disso, as exigências ignoram as práticas europeias, onde produtos como o queijo Roquefort, feito com leite cru, são amplamente aceitos e exportados, e está na mesa de muitos deputados e governantes brasileiros.

A Jornada ao Reconhecimento da UNESCO

Contamos essa breve história para que você possa compreender essa cadeia produtiva do queijo de leite cru que poderá essa semana entrar de vez para para hall da fama pela UNESCO. A candidatura do Queijo Minas Artesanal ao título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, formalizada em 2023, é um marco na valorização dessa tradição. A decisão, prevista para este final de 2024, destaca não apenas os aspectos gastronômicos, mas também culturais e sociais dessa prática que sustenta pequenas comunidades mineiras.  Se aprovado, o título poderá fortalecer a economia local, promovendo o queijo no cenário internacional e incentivando mudanças na legislação brasileira para torná-la mais inclusiva aos produtores artesanais.

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O Queijo Minas Artesanal no Cenário Mundial

Queijos mineiros já conquistaram destaque em competições internacionais, como o World Cheese Awards, onde são frequentemente premiados por sua qualidade superior. Esses prêmios reforçam a ideia de que o Queijo Minas Artesanal tem potencial para ser um símbolo global da gastronomia brasileira. Se a UNESCO aprovar o pedido, o Queijo Minas Artesanal entrará para uma lista que inclui bens culturais imateriais de relevância global. Isso poderá impulsionar o turismo gastronômico em Minas Gerais, além de pressionar o Brasil a adotar políticas públicas mais alinhadas às práticas tradicionais de produção.

O reconhecimento não será apenas uma conquista simbólica, mas também um estímulo à preservação de uma tradição secular que começou nas montanhas mineiras e se conecta a uma história que remonta às civilizações antigas.

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