Política
Em visita à Sala Minas Gerais, deputado critica saída da Filarmônica
Uma ordem de despejo. Assim o deputado Professor Cleiton (PV) classificou o acordo técnico firmado entre o Governo do Estado e o Serviço Social da Indústria (Sesi Minas) que envolve a retirada da Orquestra Filarmônica de sua sede, a Sala Minas Gerais. Nesta segunda-feira (15/4/24), o parlamentar visitou o espaço pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Professor Cleiton ouviu a confirmação de que o Instituto Cultural Filarmônica (ICF), gestor do local, não pediu a rescisão contratual e nem sequer foi informado sobre a negociação, mesmo tendo contrato vigente com o Estado até dezembro deste ano. O deputado anunciou que trará os detalhes do acordo técnico em audiência da mesma comissão, marcada para esta terça (16), às 15h30. “É um contrato criminoso, lesivo para a cultura e para o povo de Minas“, antecipou.
Para o deputado Professor Cleiton, as negociações em torno da Sala Minas Gerais podem abrir um precedente perigoso, permitindo que o Estado passe à iniciativa privada, sem nenhum tipo de licitação, outros equipamentos públicos. “Não há transparência nem impessoalidade nesse acordo técnico”, reforçou.
O acordo entre o governo, representado pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), e o Sesi, que integra o Sistema Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), foi assinado no último dia 5 e inclui, além da Sala Minas Gerais, o Espaço Mineraria, os dois localizados no Centro de Cultura Itamar Franco. O Mineiraria, equipado para o setor de gastronomia, não é gerido pelo ICF e está fechado.
Segundo o Poder Executivo, a cooperação valerá por 60 meses, e o Sesi poderá explorar comercialmente os locais para promoção de eventos culturais. Com isso, a Filarmônica será obrigada a desocupar todos os espaços até o próximo dia 31 de julho. “Fomos pegos de surpresa. O acordo foi assinado aqui na nossa sede e só naquele momento tivemos o conhecimento de seu teor”, reforçou o diretor-presidente do ICF, Diomar Silveira.
Segundo ele, esse acordo técnico é incompatível com o contrato que o ICF tem com a Secretaria de Cultura. “Participamos de um chamamento público em 2020. A gestão é para até 20 anos, negociada ano a ano. Nosso aditivo atual vale até 31 de dezembro“, salientou Diomar. O instituto arca com a manutenção e operação do espaço, com valor total de R$ 4,5 milhões/ano.
Espaço tem regulamento de uso
Diomar Silveira negou haver ociosidade na Sala Minas Gerais. Os concertos, segundo ele, acontecem de quinta-feira a sábado e, antes, a orquestra precisa ensaiar. De acordo com o presidente do ICF, eventos de terceiros são bem-vindos para compor o orçamento, de acordo com o regulamento de uso do espaço. Ele citou como exemplo a apresentação da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo, neste próximo sabado (20). Seminários, diplomações e atividades corporativas seriam outras opções.
O regente titular e diretor artístico da Filarmônica, Fábio Mechetti, detalhou que a Sala Minas Gerais foi desenhada e construída para ser sede de uma orquestra. O palco, por exemplo, não tem sequer fosso de orquestra para apresentações de ópera. “Foi tudo cuidadosamente pensado, por engenheiros internacionais, para uma orquestra. Belo Horizonte tem outros espaços multiuso. O movimento do governo é equivocado e sem justificativa“, criticou.
Outro exemplo dessa especificidade do prédio é uma sala com controle de temperatura e umidade onde ficam guardados dois pianos, um cravo, uma harpa e outros instrumentos. Apenas um dos pianos é avaliado em 150 mil euros, algo em torno de R$ 825 mil. Diomar diz não saber para onde levar esses bens caso a Filarmônica tenha que deixar o local. “Não dá para transportar isso a cada ensaio”, pondera.
O presidente do ICF defendeu o diálogo e a negociação, em benefício da orquestra e da sala. Também afirmou que a Filarmônica não tinha a dimensão do apoio que tem da sociedade civil de todo o País. “A orquestra e a sala são patrimônios dos mineiros”, defendeu. A deputada Bella Gonçalves (Psol), que acompanhou parte da visita, quis saber se a Secretaria de Estado de Cultura procurou o ICF e ouviu uma negativa de Diomar Silveira.
Além de Professor Cleiton, a deputada Lohanna (PV) e o deputado Mauro Tramonte (Republicanos) assinaram o requerimento para a visita desta segunda (15) e para a audiência de terça (16).
Fonte: Assembleia Legislativa de MG
Política
Secretariado em Arcos é anunciado pela nova gestão
Nesta segunda-feira, 11 de novembro, o Prefeito Eleito Dr. Wellington Roque e o vice Ronaldo Gonçalves apresentaram oficialmente os secretários e secretárias municipais que irão compor o governo de Arcos na gestão 2025/2028.
Este novo time administrativo se destaca pela vasta experiência em gestão de projetos e administração pública, evidenciando um forte compromisso com o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social de Arcos.
Pela primeira vez na história do município, o secretariado conta com três mulheres em posições de liderança, incluindo a inédita nomeação de uma Secretária de Fazenda, um cargo historicamente ocupado por homens.
Abaixo, conheça os nomes e cargos do novo secretariado:
• Cláudia Cardoso Soares – Secretária de Fazenda
• Aline Maria Correia Arantes – Secretária de Saúde
• Lilian Teixeira Garcia Gomes – Secretária de Educação
• Dênio Dutra Barbosa – Secretário de Administração
• Rodolfo Geraldo Dalariva Silva – Secretário de Obras e Serviços Públicos
• João Paulo Estevão Rodrigues Roque – Secretário de Governo
• Marlon Batista da Costa – Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável
• Ronaldo Gaspar Ribeiro – Secretário de Integração Social
• Evandro Marinho Siqueira – Secretário de Meio Ambiente
• João Paulo Alves Gomes – Secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo
Com um time preparado e altamente qualificado, a nova administração busca consolidar uma gestão eficiente e inovadora, pronta para atender às demandas da população e promover o crescimento equilibrado e inclusivo de Arcos.
A posse dessa equipe de alto nível será um marco no início de um ciclo de ações voltadas para o fortalecimento do município nos próximos quatro anos.
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