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Greve na rede particular mobiliza professores na ALMG

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Horas antes de mediação prevista no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), professores da rede particular de Belo Horizonte e Região Metropolitana em greve lotaram nesta quarta-feira (13/9/23) audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para debater a paralisação da categoria, iniciada em 30 de agosto.

Realizada na Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social, a pedido do deputado Betão (PT), a discussão opôs representantes dos professores e do sindicato patronal.

Professores se revezaram em posicionamentos de indignação pela forma com que a entidade patronal estaria, segundo eles, ignorando a valorização da categoria e a pauta de reivindicações da classe, motivando um impasse levado à Justiça do Trabalho.

Valéria Morato, presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro/MG), frisou que a pauta de reivindicações foi entregue ainda em janeiro deste ano, com reuniões de negociação iniciadas em março.

Ela frisou na audiência que a categoria, nesse momento, já abriu mão do percentual de reajuste reivindicado mas não abre mão de três direitos já assegurados em convenção coletiva, e que a parte patronal estaria propondo reduzir: férias coletivas em janeiro, adicional por tempo de serviço e isonomia salarial.

Já Paulo Henrique Leite, superintendente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe/MG), disse que as negociações com a categoria têm sido realizadas, e que foram 20 as reuniões com esse intuito.

Cobrado na audiência sobre um posicionamento da entidade acerca da pauta de reivindicações dos professores, ele afirmou que as questões vêm sendo tratadas nessas reuniões mencionadas.

O representante do Sinep argumentou que a maioria da rede particular de ensino é formada por micro e pequenos empreedimentos, que se veriam obrigados a um “zelo de gestão para evitar seu desaparecimento”, como disse ter ocorrido com muitas escolas que segundo ele fecharam as portas na pandemia.

“Nosso compromisso é chegar a um bom termo”, resumiu sobre cobranças de professores por respostas mais concretas, seguidas de protestos e vaias.

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Convenção anterior à pandemia é defendida

A presidente do Sinpro expôs na audiência que a categoria já fez várias concessões durante a pandemia, abrindo mão da recomposição salarial na ocasião em função do momento emergencial.

Agora, frisou Valéria Morato, os professores querem pelo menos a manutenção das cláusulas previstas na Convenção Coletiva de 2019, que é anterior às mudanças aprovadas por conta da pandemia.

Isso significa manter o mesmo salário-base para a mesma função, independentemente do tempo de serviço, ou seja, a isonomia salarial; manter também o adicional por tempo de serviço, de 5% a cada 5 anos, bem como as férias coletivas asseguradas em janeiro, mas que a parte patronal acena com a possibilidade de convocações para atividades no período.

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Sobre reajuste, ela frisou que o sindicato patronal ofereceu apenas o INPC de 2023, de 4,36%, sendo que as mensalidades escolares teriam tido um reajuste médio de 12% desde 2020, a cada ano. A pauta da categoria incluía um ganho de 15%.

Bárbara França, mãe de aluno da rede privada, defendeu o movimento dos professores e disse que a greve na Capital resultou na formação de um grupo de apoio formado por mais de 400 pais e mães de alunos via WhatsApp.

“Nenhum direito a menos a nossos professores, que são aqueles que estão dia a dia com nossos filhos”, cobrou ela.

Mobilização tem apoio

Vice-presidente da comissão, o deputado Celinho Sintrocel (PCdoB) elogiou a campanha salarial dos professores e a mobilização da categoria em busca de valorização e de melhoria das condições de trabalho.

Citação

O parlamentar foi endossado por deputados como Professor Cleiton (PV) e pela deputada Beatriz Cerqueira (PT).

Beatriz Cerqueira (PT) ainda criticou o assédio moral que a categoria estaria enfrentando em função de suas reivindicações e de sua mobilização. “Isso demonstra a incapacidade do patrão de lidar com um direito constitucional, que é o de fazer greve”, condenou ela.

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Professor Cleiton acrescentou que dados recentes mostrariam que as matrículas na rede particular de ensino tiveram em Minas um aumento de 15%, segundo ele superior à média nacional de 10,6% no País.

Ele também disse que o aumento do valor das mensalidades teria sido maior do que a inflação, resultando segundo frisou num gradual aumento do lucro das escolas particulares. Ele também avaliou que a atividade sindical dos trabalhadores volta a se fortalecer no Brasil após o último governo.

O deputado Betão (PT), que pediu a reunião, justificou ausência por estar em compromisso na zona rural de Juiz de Fora (Zona da Mata) e prestou apoio à categoria por meio de mensagem.

Crítica

Já o deputado Caporezzo (PL), após parabenizar a comissão pela audiência, leu carta do Movimento Mães Direitas citando que os estudantes já foram penalizados com o fechamento das escolas na pandemia e que mesmo assim ninguém teria se manifestado a favor das famílias ao abordar a greve nesse momento.

A carta questiona se a greve seria o único recurso nesse momento já que estaria prejudicando as famílias, posição que motivou novos protestos da plateia e de outros deputados. “A direita também tem voz e as crianças precisam de cuidado. Na gritaria nada se resolve”, rebateu Caporezzo, se retirando.

Celinho Sintrocel, Beatriz Cerqueira e ainda o deputado Doutor Jean Freire (PT) criticaram a postura de Caporezzo e pediram desculpas aos participantes da audiência.

“Essa postura não representa a maioria do legislativo mineiro. Independente de partidos, a maioria dos deputados respeitam os professores e reconhecem o direito à greve”, afirmou Beatriz Cerqueira.

Doutor Jean Freire convocou alunos e pais a apoiarem os professores para que a negociação da categoria seja benéfica a toda a comunidade escolar.

Fonte: Assembleia Legislativa de MG

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ESPORTES

De campeão olímpico a campeão do povo: Maurício do Vôlei reafirma compromisso com os brasileiros e derrota o retorno do DPVAT

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Ontem foi escrita mais uma página de uma história que já inspirou milhares de brasileiros. A Câmara dos Deputados rejeitou a volta do famigerado DPVAT, o imposto que, durante anos, pesou no bolso de milhões de cidadãos. Entre os nomes que se destacaram nesta batalha, está o deputado federal Maurício do Vôlei, um homem cuja trajetória é marcada pela entrega, pela superação e pelo compromisso inabalável com a nação.

No início do ano passado, ao votar favoravelmente à retomada do DPVAT por engano, Maurício não fugiu de sua responsabilidade. Reconheceu o erro publicamente e, com humildade, pediu desculpas ao povo brasileiro, mostrando que lideranças fortes também sabem ser humanas. Desde então, o deputado trabalhou incansavelmente para provar que sua luta vai além de um voto ou de um discurso — ela é pela proteção dos valores que sustentam nosso país: a família, a fé e a liberdade.

“Sempre defenderei os brasileiros, assim como defendi as cores da bandeira nas quadras. Minha missão não mudou. Não sou daqueles que mudam de camisa para agradar ou vencer uma eleição. Fui, sou e sempre serei conservador, defensor da família, do trabalho honesto e do futuro das próximas gerações”, afirmou o parlamentar, emocionado, logo após a vitória no plenário.

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Assim como em sua carreira no vôlei, Maurício jogou limpo. Diferente de muitos que alternam entre partidos e bandeiras de acordo com o vento político, ele permaneceu firme em seus princípios no PL. Para ele, o mandato não é sobre garantir reeleição; é sobre construir um legado — um Brasil que mantenha suas raízes e seu povo livre de amarras.

Ontem, a Câmara mandou um recado claro ao país: impostos que penalizam ainda mais os trabalhadores brasileiros, como o DPVAT, não têm espaço aqui. E Maurício do Vôlei deixou registrado que está e sempre estará em defesa das pessoas que acreditam num Brasil forte e justo.

Se ontem ele estava nas quadras levantando troféus pelo Brasil, hoje ele ergue as bandeiras da família, da justiça e do povo. Maurício do Vôlei segue sendo um campeão — não só no esporte, mas na vida pública.

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