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Instalação de terminal de minério em Itabirito gera controvérsia

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Os impactos de um terminal ferroviário para transporte de minério no distrito de São Gonçalo do Bação, em Itabirito (Região Central do Estado), têm sido interpretados de forma diferente por autoridades e representantes da comunidade.

De um lado, o empreendimento é visto como importante para o escoamento seguro da produção das mineradoras. De outro, com maior número de representantes na audiência promovida pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável nesta terça-feira (4/7/23), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), como mais uma atividade predatória que vai deixar um rastro de pobreza e destruição.

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O vilarejo de São Gonçalo do Bação é cercado de matas, cachoeiras e afluentes do Rio das Velhas. Além disso, assim como a comunidade vizinha de Mangue Seco, conta com uma rica tradição, que inclui igrejas e casarões históricos.

Para a deputada Bella Gonçalves (Psol), que solicitou a audiência, esse cenário está ameaçado por atividades minerárias que serão potencializadas pela construção desse novo terminal, que funcionará como um porto seco, a cargo da empresa Bação Logística.

Ela destacou que pelo menos cem vagões carregados de minério devem sair do terminal por dia, a menos de um quilômetro da Capela de Nossa Senhora do Rosário, tombada pelo município. “Isso não é possível sem que centenas de carretas aportem por lá. O impacto sobre o meio ambiente e a qualidade de vida é evidente”, pontuou.

Elias Rezende, diretor da Associação Comunitária de São Gonçalo do Bação, resumiu as principais preocupações dos moradores contrários ao empreendimento, entre as quais a localização, que não chega a uma distância de cem metros de casas de moradores e restaurantes, e a possível contaminação de curso d´água, que poderia afetar o abastecimento hídrico da cidade e da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

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Também são temidos os efeitos sobre o tráfego, com a circulação de cerca de 800 carretas por dia, e a poeira, a lama e o ruído causados por máquinas e equipamentos, assim como a fuga de visitantes e turistas.

Elias também denunciou que a empresa responsável tenta nos órgãos responsáveis a dispensa de estudos e relatórios de impacto ambiental para a liberação de suas atividades.

Áudio

Licenciamento ambiental

Nesse sentido, o advogado da associação, Carlos Henrique Azevedo, fez um histórico do que considera irregularidades na busca pelo licenciamento do empreendimento.

Ele lembrou que, em 2016, foi concedida autorização para estocagem e comércio de minério. Depois, em 2018, outras duas licenças simplificadas do município, para o asfaltamento de um mesmo trecho, divido em duas partes (tendo em vista que um só trecho de mais de 10 quilômetros teria que passar pelo crivo do Estado). A Justiça mandou suspender essas licenças, e a Bação Logística anunciou que ia interromper suas atividades.

Só neste momento, segundo o advogado, ela admitiu que o negócio era mesmo o terminal de minério. Quanto ao uso da água, também para driblar processos mais complexos de licenciamento, a empresa tirou quatro certidões de uso insignificante, voltadas a usuários comuns.

Ou seja, a prática de fracionamento de licenças, usada para viabilizar grandes empreendimentos que encontram problemas no seu licenciamento, teria sido utilizada em três oportunidades: para o uso da água, o asfaltamento do trecho rodoviário e a construção do terminal, mascarado de ponto de estocagem.

De acordo com os representantes da associação, a Bação Logística entrou com um novo pedido de licenciamento, desta vez na Superintendência de Projetos Prioritários (Suppri), que analisa projetos considerados essenciais no Estado e seria mais sensível aos apelos da mineradora.

Citação

“Sabemos o modus operandi das mineradoras. A riqueza vai e a pobreza fica. Vendem a imagem de que vão trazer recursos, mas vão deixar é buraco e levar nossa água”, afirmou o deputado Leleco Pimentel (PT).

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Também para a deputada Beatriz Cerqueira (PT) o legado da atividade minerária é devastador para as comunidades atingidas. Ela citou a precarização de empregos, mal remunerados e inseguros, e as posteriores ações reparadoras que nunca devolvem à comunidade sua qualidade e vida.

Desenvolvimento sustentável

Favorável ao terminal ferroviário para descarga de minério, assim como parte do público presente, o prefeito de Itabirito, Orlando Caldeira, ponderou que a mineração está no DNA do município e do Estado e que é melhor investir em práticas para aprimorá-la, na busca pelo desenvolvimento sustentável.

No seu entender, o porto seco vai substituir o tráfego de carretas nas BRs 040 e 356, um grande problema no transporte do minério. Ele disse que nenhuma carreta vai entrar também no distrito de São Gonçalo do Bação.

Anderson Martins da Conceição, vereador de Itabirito, mostrou abaixo-assinado favorável à obra, contendo mais de 40 assinaturas da comunidade. Ele argumentou que o assunto está dividindo opiniões, de forma que não há só pessoas contrárias à iniciativa.

“Queremos é ser ouvidos. Que juntos possamos chegar a um acordo e que o empreendimento não chegue pelas portas dos fundos”, observou Luana Vitória, da comunidade de Mangue Seco.

Para o deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT), a Comissão de Meio Ambiente terá que fazer uma visita ao distrito São Gonçalo do Bação, para conhecer a tecnologia utilizada, como será feita a distribuição dos recursos arrecadados e levantar mais informações sobre o terminal.

Fonte: Assembleia Legislativa de MG

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ESPORTES

De campeão olímpico a campeão do povo: Maurício do Vôlei reafirma compromisso com os brasileiros e derrota o retorno do DPVAT

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Ontem foi escrita mais uma página de uma história que já inspirou milhares de brasileiros. A Câmara dos Deputados rejeitou a volta do famigerado DPVAT, o imposto que, durante anos, pesou no bolso de milhões de cidadãos. Entre os nomes que se destacaram nesta batalha, está o deputado federal Maurício do Vôlei, um homem cuja trajetória é marcada pela entrega, pela superação e pelo compromisso inabalável com a nação.

No início do ano passado, ao votar favoravelmente à retomada do DPVAT por engano, Maurício não fugiu de sua responsabilidade. Reconheceu o erro publicamente e, com humildade, pediu desculpas ao povo brasileiro, mostrando que lideranças fortes também sabem ser humanas. Desde então, o deputado trabalhou incansavelmente para provar que sua luta vai além de um voto ou de um discurso — ela é pela proteção dos valores que sustentam nosso país: a família, a fé e a liberdade.

“Sempre defenderei os brasileiros, assim como defendi as cores da bandeira nas quadras. Minha missão não mudou. Não sou daqueles que mudam de camisa para agradar ou vencer uma eleição. Fui, sou e sempre serei conservador, defensor da família, do trabalho honesto e do futuro das próximas gerações”, afirmou o parlamentar, emocionado, logo após a vitória no plenário.

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Assim como em sua carreira no vôlei, Maurício jogou limpo. Diferente de muitos que alternam entre partidos e bandeiras de acordo com o vento político, ele permaneceu firme em seus princípios no PL. Para ele, o mandato não é sobre garantir reeleição; é sobre construir um legado — um Brasil que mantenha suas raízes e seu povo livre de amarras.

Ontem, a Câmara mandou um recado claro ao país: impostos que penalizam ainda mais os trabalhadores brasileiros, como o DPVAT, não têm espaço aqui. E Maurício do Vôlei deixou registrado que está e sempre estará em defesa das pessoas que acreditam num Brasil forte e justo.

Se ontem ele estava nas quadras levantando troféus pelo Brasil, hoje ele ergue as bandeiras da família, da justiça e do povo. Maurício do Vôlei segue sendo um campeão — não só no esporte, mas na vida pública.

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