Quarta-Feira, 9 de Abril de 2025

Política

Ministério Público desaconselha mudança na área de Arêdes

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) desaconselhou a aprovação do Projeto de Lei (PL) 387/23, que altera os limites da Estação Ecológica Estadual de Arêdes, em Itabirito (Região Central). Relatório técnico do órgão comparou as áreas a serem incluídas e retiradas da unidade de conservação e apontou que a mudança traria apenas perdas do ponto de vista do patrimônio cultural.

O relatório foi apresentado pela deputada Bella Gonçalves (Psol) em reunião da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), realizada nesta quinta-feira (19/10/23). Para o MPMG, os estudos que embasam o projeto não têm informações qualificadas e foram omissos e insuficientes para fazer a correta avaliação da Estação Ecológica, cujos limites atuais são importantes para proteger o sítio arqueológico local.

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Entre as considerações finais do volumoso estudo, o MPMG constata que a área a ser retirada de Arêdes (28 hectares) tem trechos de zona primitiva, com espécies de fauna, flora e fenômenos naturais de grande valor científico. Também tem trechos de formações ferríferas, as cangas, que são exclusivas da região, além dos últimos remanescentes dos ecossistemas ferruginosos.

A área tem, ainda, atrativo de uso público previsto no Plano de Manejo e está quase sobreposta ao sítio arqueológico, que tem previsão constitucional de proteção. Por outro lado, segundo o relatório, a área a ser incluída na Estação Ecológica (61 ha) não tem cangas nem atrativos de uso público mapeados e não demonstra equivalência arqueológica em relação à área a ser desafetada.

Visita

Bella Gonçalves confirmou que visita técnica a Arêdes, realizada pela comissão em agosto, permitiu desmentir vários argumentos que a mineradora Minar, que pretende voltar a operar no local, apresentou em audiência anterior. “Arêdes é uma experiência exitosa de recuperação do espaço degradado pela mineração e que hoje abriga espécies únicas”, pontuou a parlamentar.

Lista

Além do relatório do MPMG, Bella Gonçalves citou outra possível “vitória’ na luta contra a mudança de área em Arêdes, O PL 387/23, segundo ela, deverá ser analisado também pela Comissão de Cultura, o que não estava previsto no início da tramitação. O projeto, de autoria do deputado João Magalhães (MDB) já recebeu parecer pela legalidade na Comissão de Constituição e Justiça.

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“Temos sido vitoriosos porque o PL é injusto do ponto de vista ambiental, patrimonial e hídrico”, sintetizou Alenice Motta Baêta, arqueóloga, historiadora e pesquisadora em Arêdes e Associada do Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva (Cedefes). Ela entregou à comissão uma nota técnica sobre o projeto, feita por um coletivo de profissionais e com comentários de todos os pontos da proposição.

Participantes pedem arquivamento da proposta

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Participantes da audiência criticaram o PL 387/23 e pediram o arquivamento da proposta. Alenice Baêta citou informações “mentirosas” presentes na justificativa do projeto, como a que se refere ao abandono do local. Ela citou todo o trabalho de recuperação da área quando da criação da Estação Ecológica, em 2010, considerado um sucesso e um modelo para outras unidades. Além disso, afirmou que há monitoramento constante da área e vigilância das ruínas.

A importância de Arêdes nos aspectos hídrico e de corredor ecológico foi destacada por Edton Araújo Barbosa, representante União Ambientalista de Itabirito (UAI). “Essa é uma área de recarga hídrica que impacta a água para consumo humano em Itabirito”, pontuou. Ele ainda afirmou que os campos rupestres presentes na área de Arêdes são como um berçário e podem servir para a recuperação de outros territórios.

Jeanine Oliveira, mobilizadora do projeto Manuelzão e representante do movimento “Mexeu com a Serra do Curral, mexeu comigo”, lembrou que tanto Arêdes quanto o Monumento Natural Estadual Serra da Moeda foram criados a partir de crime ambiental. “São oriundos de passivos, de danos. E sofrem, desde a criação, um desmonte silencioso”, afirmou, referindo-se às tentativas de alteração da área.

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Jeanine também reiterou que só Arêdes tem zonas primárias de cangas, que não ocorrem na área que se pretende incluir na estação.

Citação

O jornalista Thomas de Lima Toledo, representante da Frente em Defesa de Arêdes, enfatizou que a criação da estação ecológica foi fruto de esforço coletivo, e que o município de Itabirito deveria “encarar a tarefa urgente de proteger a área”.

Já Luiz Paulo de Siqueira, coordenador estadual do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), opinou que todas as considerações são suficientes para “enterrar” o projeto.

Governo

A representante da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Giovana Baroni, afirmou apenas que a secretaria atua para preservar a estação, o que levou a deputada Beatriz Cerqueira (PT) a propor um requerimento solicitando a posição da Semad sobre o projeto. “A secretaria poderia chamar para si a mediação. Ou teremos apenas o lobby da mineração”, pontuou.

Da mesma forma, Charles Junio Souza, analista do Patrimônio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), afirmou apenas que o termo aberto no órgão para tombamento de Arêdes ainda não foi instruído. Bella Gonçalves criticou o que chamou de “descaso” do Estado e anunciou que tentará o tombamento por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

Já Henri Dubois Collet, gerente da Estação Ecológica de Arêdes, afirmou que os quase 1.200 hectares protegidos são propriedade do Estado. A Minar, segundo ele, concluiu recentemente o descomissionamento da mina que operou na área, e a próxima fase é de recuperação.

Fonte: Assembleia Legislativa de MG

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ESPORTES

De campeão olímpico a campeão do povo: Maurício do Vôlei reafirma compromisso com os brasileiros e derrota o retorno do DPVAT

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Ontem foi escrita mais uma página de uma história que já inspirou milhares de brasileiros. A Câmara dos Deputados rejeitou a volta do famigerado DPVAT, o imposto que, durante anos, pesou no bolso de milhões de cidadãos. Entre os nomes que se destacaram nesta batalha, está o deputado federal Maurício do Vôlei, um homem cuja trajetória é marcada pela entrega, pela superação e pelo compromisso inabalável com a nação.

No início do ano passado, ao votar favoravelmente à retomada do DPVAT por engano, Maurício não fugiu de sua responsabilidade. Reconheceu o erro publicamente e, com humildade, pediu desculpas ao povo brasileiro, mostrando que lideranças fortes também sabem ser humanas. Desde então, o deputado trabalhou incansavelmente para provar que sua luta vai além de um voto ou de um discurso — ela é pela proteção dos valores que sustentam nosso país: a família, a fé e a liberdade.

“Sempre defenderei os brasileiros, assim como defendi as cores da bandeira nas quadras. Minha missão não mudou. Não sou daqueles que mudam de camisa para agradar ou vencer uma eleição. Fui, sou e sempre serei conservador, defensor da família, do trabalho honesto e do futuro das próximas gerações”, afirmou o parlamentar, emocionado, logo após a vitória no plenário.

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Assim como em sua carreira no vôlei, Maurício jogou limpo. Diferente de muitos que alternam entre partidos e bandeiras de acordo com o vento político, ele permaneceu firme em seus princípios no PL. Para ele, o mandato não é sobre garantir reeleição; é sobre construir um legado — um Brasil que mantenha suas raízes e seu povo livre de amarras.

Ontem, a Câmara mandou um recado claro ao país: impostos que penalizam ainda mais os trabalhadores brasileiros, como o DPVAT, não têm espaço aqui. E Maurício do Vôlei deixou registrado que está e sempre estará em defesa das pessoas que acreditam num Brasil forte e justo.

Se ontem ele estava nas quadras levantando troféus pelo Brasil, hoje ele ergue as bandeiras da família, da justiça e do povo. Maurício do Vôlei segue sendo um campeão — não só no esporte, mas na vida pública.

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