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Municipalização de escolas em BH esbarraria em dúvidas e falta de transparência

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A falta de transparência sobre a possível municipalização de escolas estaduais de Belo Horizonte, por meio do projeto Mãos Dadas, do Governo do Estado, foi destacada em audiência pública da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quinta-feira (17/8/23).

O projeto, voltado para os anos iniciais do ensino fundamental, já foi tema de outras audiências na ALMG, nas quais foram discutidas as consequências de sua implantação em municípios específicos. A reunião desta quinta (17) foi solicitada pela presidenta da comissão, deputada Beatriz Cerqueira (PT).

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Diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal, Flavia Silvestre reclamou da falta de informações sobre a implementação do projeto na Capital mineira. Ela disse que não se sabe quais escolas seriam afetadas e como o processo está sendo organizado.

“Por outro lado, recebemos denúncias de que escolas em potencial estão sendo visitadas, como uma escola na Serra que atende a alunos com deficiência e outras três na região Norte”, falou.

Além da falta de diálogo, Flavia Silvestre questionou se Belo Horizonte teria condições de arcar com um projeto desse tamanho.

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Ela ponderou que a Capital sequer paga o piso nacional aos profissionais, que não oferece número suficiente de vagas para a educação infantil e tem contratado estagiários para essas instituições voltadas a crianças de 0 a 5 anos.

Visitas a escolas

A diretora da Escola Estadual Sarah Kubitschek Itamarati, no Bairro Ouro Preto na Capital, Polyana Camargos, relatou que, no último dia 14 de julho, um agente da prefeitura visitou a instituição para realizar uma vistoria do espaço físico.

De acordo com ela, na ocasião, uma série de perguntas foram feitas e foram tiradas fotografias dos espaços. Polyana Camargos disse que não foi comunicado o motivo da visita. Apesar disso, imaginou que tivesse relação com a municipalização, uma vez que a escola só atende aos anos iniciais do ensino fundamental, sendo, portanto, alvo do projeto.

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A coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute), Denise de Paula Romano, também destacou a falta de transparência do processo e cobrou do representante da prefeitura diversas informações.

Desemprego e ruptura da comunidade escolar

Membro do Fórum Estadual Permanente de Educação de Minas Gerais, Clarice Barreto, afirmou que um projeto dessa envergadura deveria ser amplamente debatido com a comunidade escolar, o que não aconteceu.

Ela citou como possíveis consequências da implantação do projeto o desemprego de designados da educação, a remoção de profissionais do local de trabalho pela adjunção, a ruptura da comunidade escolar e até um estímulo à evasão escolar.

Economista e técnico do Dieese do Sind-Ute, Diego Rossi enfatizou que, embora não haja informação sobre quantas escolas e matrículas seriam alcançadas pelo projeto em Belo Horizonte, há uma previsão de que a prefeitura precise aportar recursos adicionais de R$ 1,135 bilhão para aderir à iniciativa e cumprir metas do Plano Nacional de Educação.

Ele enfatizou que grande parte dos municípios tem alto risco de insuficiência econômica para financiar o Mãos Dadas porque não há uma proposta de financiamento da iniciativa a longo prazo pelo governo estadual como existe em outros estados.

Secretário de Educação explica andamento do projeto

O secretário municipal de Educação de Belo Horizonte, Charles Martins Diniz, por sua vez, explicou que tem sido feito levantamento técnico de dados a partir de visitas, antes de a decisão ser tomada na Capital. Ele garantiu que nada será feito sem conhecimento das partes e sem diálogo.

O gestor informou que são 226 escolas estaduais em BH, das quais 181 escolas poderiam ser objeto de possível municipalização, envolvendo um total de 31.800 alunos.

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Até agora, 53 foram visitadas, das quais o secretário observou que 26 têm, em princípio, potencial para a municipalização. Mas a decisão final, segundo ele, envolveria também os colegiados.

Representante do governo estadual relata benefícios do projeto

O subsecretário de Articulação Educacional da Secretaria de Estado de Educação (SEE), Gustavo Lopes Pedroso, enfatizou que o projeto Mãos Dadas é estratégico para o governo e vem sendo executado desde 2021 com resultados positivos.

Ele citou como benefícios o fato de os municípios terem mais proximidade com os estudantes, o que garante ganhos educacionais, de haver uma unidade de atendimento no ciclo da primeira infância, de ser ofertada infraestrutura para os municípios assumirem as novas matrículas e de o Estador poder, a partir disso, priorizar o ensino médio de tempo integral.

Até o momento, conforme contou, mais de 160 municípios aderiram ao projeto, com 62 mil matrículas envolvidas, mais de R$ 1 bilhão de investimentos e 500 professores cedidos em adjunção.

Deputadas criticam apresentação do governo estadual

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As deputadas Beatriz Cerqueira, Macaé Evaristo (PT), vice-presidenta da comissão, e Lohanna (PV) criticaram a apresentação do governo estadual na audiência.

Beatriz Cerqueira enfatizou que faltou transparência, uma vez que não foram passadas informações sobre o projeto em relação a Belo Horizonte.

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Para Macaé Evaristo, o que está por trás da municipalização é a privatização da educação, a terceirização de serviços e a negação de direitos.

A deputada Lohanna também criticou a forma como o governo estadual tem tentado implantar o projeto em municípios mineiros. Ela disse que, em Divinópolis (Centro-Oeste), o governo estadual busca fazer isso sem a aprovação de lei municipal.

Fonte: Assembleia Legislativa de MG

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Secretariado em Arcos é anunciado pela nova gestão

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Nesta segunda-feira, 11 de novembro, o Prefeito Eleito Dr. Wellington Roque e o vice Ronaldo Gonçalves apresentaram oficialmente os secretários e secretárias municipais que irão compor o governo de Arcos na gestão 2025/2028.
Este novo time administrativo se destaca pela vasta experiência em gestão de projetos e administração pública, evidenciando um forte compromisso com o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social de Arcos.
Pela primeira vez na história do município, o secretariado conta com três mulheres em posições de liderança, incluindo a inédita nomeação de uma Secretária de Fazenda, um cargo historicamente ocupado por homens.
Abaixo, conheça os nomes e cargos do novo secretariado:
• Cláudia Cardoso Soares – Secretária de Fazenda
• Aline Maria Correia Arantes – Secretária de Saúde
• Lilian Teixeira Garcia Gomes – Secretária de Educação
• Dênio Dutra Barbosa – Secretário de Administração
• Rodolfo Geraldo Dalariva Silva – Secretário de Obras e Serviços Públicos
• João Paulo Estevão Rodrigues Roque – Secretário de Governo
• Marlon Batista da Costa – Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável
• Ronaldo Gaspar Ribeiro – Secretário de Integração Social
• Evandro Marinho Siqueira – Secretário de Meio Ambiente
• João Paulo Alves Gomes – Secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo
Com um time preparado e altamente qualificado, a nova administração busca consolidar uma gestão eficiente e inovadora, pronta para atender às demandas da população e promover o crescimento equilibrado e inclusivo de Arcos.
A posse dessa equipe de alto nível será um marco no início de um ciclo de ações voltadas para o fortalecimento do município nos próximos quatro anos.

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