Terça-Feira, 8 de Abril de 2025

Política

Noroeste de Minas cobra quantidade e qualidade de energia

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Perda de lavouras; perda de leite; animais sem ordenha; pivôs de irrigação e outros equipamentos movidos a gerador ou parados; usinas fotovoltaicas prontas, mas sem conexão à rede. A lista de problemas e prejuízos é dos produtores rurais do Noroeste de Minas, que reclamam da má qualidade da energia da Cemig na região.

As demandas foram apresentadas a representantes da companhia em audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta segunda-feira (4/9/23). A reunião foi realizada em João Pinheiro, a requerimento do presidente da comissão, deputado Gil Pereira (PSD).

A história do produtor rural Hebert Couto ilustra bem a de muitos outros. Ele conta que teve prejuízo de R$ 200 mil só com a lavoura de abóbora, em grande parte porque não a irrigou. A fazenda não tem energia suficiente para tocar os pivôs. Sua usina fotovoltaica está pronta e deveria ter sido ligada há mais de um ano, conforme contrato – já pago – com a Cemig.

“Eu pago energia e deixo de receber a que está sendo produzida inutilmente na usina. Ainda pago o empréstimo que fiz para construir a usina. Muitas vezes, falta uma fase na rede e isso queima os motores”, relata. Recentemente, o produtor quase perdeu a outorga de água, justamente porque o sistema de irrigação não está funcionando.

A presidenta da Associação dos Produtores Rurais e Irrigantes do Noroeste de Minas, Rowena Betina Petroll, conta que a entidade fez um levantamento com seus filiados, a pedido da Cemig, e encontrou quatro tipos de gargalos. Há os produtores que sofrem com a qualidade da energia, os que querem ampliar o consumo e não conseguem, os que fizeram contratos de ampliação e aguardam e os que já pagaram esses contratos e enfrentam atrasos.

Dezenas de exemplos desses gargalos foram relatados na audiência. O prefeito de Paracatu, Igor Pereira dos Santos, por exemplo, afirmou que somente naquele município há 700 pessoas convivendo com a oscilação na energia elétrica.

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Mas os convidados também ressaltaram o grande potencial do Noroeste para ampliação das áreas cultivadas. “Temos área, temos gente, mas não temos energia”, reclamou Carlos Eduardo Furtado, diretor do Sindicato Rural de João Pinheiro.

A deputada Marli Ribeiro (PSC) citou o projeto Agrocerrado, que mapeou 7 milhões de hectares no Noroeste de Minas e parte de Goiás, com capacidade de produção de 42 milhões de toneladas de grãos/ano. Porém, novamente, há o gargalo energético.

Programação é essencial para investimentos

Participantes da audiência se queixaram, ainda, de constantes adiamentos de prazos por parte da Cemig para a realização das melhorias na região. A deputada Lud Falcão (Pode) salientou que os produtores precisam da programação correta para realizar investimentos e cobrou essas obras. “A cada R$ 3 gastos em óleo diesel, o produtor poderia pagar R$ 1 para a Cemig”, apontou, citando a perda de competitividade.

O prefeito de João Pinheiro, Edmar Maciel, destacou que participa de audiências sobre o assunto desde 2005. Também o prefeito de São Gonçalo do Abaeté, Fabiano Lucas, disse escutar as mesmas promessas ano após ano. “Estou com uma creche pronta para 250 crianças. A Cemig pediu 120 dias para ligar o padrão à rede”, criticou, defendendo a privatização da companhia. Outros prefeitos e vereadores da região também estiveram presentes.

Outro que se queixou dos prazos não cumpridos e do prejuízo causado por isso foi Júlio César Moreira, presidente da Associação Comercial e Empresarial de João Pinheiro. Ele citou, inclusive, prejuízo para o comércio, que também tem de recorrer a geradores, e para o próprio município, que perde em atração de novos negócios.

Os deputados Bim da Ambulância (Avante) e Bosco (Cidadania) reconheceram as demandas, mas salientaram que a Cemig deixou de investir em Minas Gerais durante governos anteriores, levando recursos para outras regiões. Só na gestão de Romeu Zema, segundo eles, houve a determinação para que a companhia concentre seus recursos no Estado. Bim da Ambulância reiterou o pedido para que a companhia cumpra os prazos previstos.

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Gil Pereira enfatizou a responsabilidade da empresa para com os cidadãos, em especial aqueles que produzem. “O Noroeste de Minas está no centro do País e com grande potencial produtivo”, disse.

Cemig prevê injetar R$ 820 milhões na região

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O plano de investimentos da Cemig para o Noroeste prevê um salto de R$ 380 milhões entre 2018 e 2022 para R$ 820 milhões no período de 2023 a 2027. Porém, das sete subestações previstas para o primeiro período, apenas três foram entregues, duas devem ser concluídas neste ano e outras duas em 2024. A elas vão se somar outras dez subestações projetadas para o ciclo 2023-2027.

Marcelo Foureaux, gerente de Relacionamento com Clientes de Geração Distribuída da companhia, culpou a pandemia pelos atrasos no cronograma do primeiro ciclo. Para João Pinheiro, os investimentos devem sair de R$ 28 milhões para R$ 56 milhões. Duas novas subestações estão previstas, mas apenas para o primeiro semestre de 2025.

Diversos requerimentos foram aprovados no fim da audiência, um deles para tentar reduzir esse prazo. O presidente da Agência de Desenvolvimento de João Pinheiro, Arthur Melo, pontuou o drama de esperar mais dois anos tendo prejuízos. Ele também pediu a revisão dos valores previstos para João Pinheiro, o município mais extenso de Minas Gerais.

A Cemig anunciou ainda ampliação e melhorias de rede, com mudança de bifásica para trifásica, e afirmou estar trabalhando para zerar os contratos em atraso até março de 2024. No Noroeste, 111 obras estão nessa situação.

Fonte: Assembleia Legislativa de MG

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ESPORTES

De campeão olímpico a campeão do povo: Maurício do Vôlei reafirma compromisso com os brasileiros e derrota o retorno do DPVAT

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Ontem foi escrita mais uma página de uma história que já inspirou milhares de brasileiros. A Câmara dos Deputados rejeitou a volta do famigerado DPVAT, o imposto que, durante anos, pesou no bolso de milhões de cidadãos. Entre os nomes que se destacaram nesta batalha, está o deputado federal Maurício do Vôlei, um homem cuja trajetória é marcada pela entrega, pela superação e pelo compromisso inabalável com a nação.

No início do ano passado, ao votar favoravelmente à retomada do DPVAT por engano, Maurício não fugiu de sua responsabilidade. Reconheceu o erro publicamente e, com humildade, pediu desculpas ao povo brasileiro, mostrando que lideranças fortes também sabem ser humanas. Desde então, o deputado trabalhou incansavelmente para provar que sua luta vai além de um voto ou de um discurso — ela é pela proteção dos valores que sustentam nosso país: a família, a fé e a liberdade.

“Sempre defenderei os brasileiros, assim como defendi as cores da bandeira nas quadras. Minha missão não mudou. Não sou daqueles que mudam de camisa para agradar ou vencer uma eleição. Fui, sou e sempre serei conservador, defensor da família, do trabalho honesto e do futuro das próximas gerações”, afirmou o parlamentar, emocionado, logo após a vitória no plenário.

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Assim como em sua carreira no vôlei, Maurício jogou limpo. Diferente de muitos que alternam entre partidos e bandeiras de acordo com o vento político, ele permaneceu firme em seus princípios no PL. Para ele, o mandato não é sobre garantir reeleição; é sobre construir um legado — um Brasil que mantenha suas raízes e seu povo livre de amarras.

Ontem, a Câmara mandou um recado claro ao país: impostos que penalizam ainda mais os trabalhadores brasileiros, como o DPVAT, não têm espaço aqui. E Maurício do Vôlei deixou registrado que está e sempre estará em defesa das pessoas que acreditam num Brasil forte e justo.

Se ontem ele estava nas quadras levantando troféus pelo Brasil, hoje ele ergue as bandeiras da família, da justiça e do povo. Maurício do Vôlei segue sendo um campeão — não só no esporte, mas na vida pública.

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