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Pesquisadores apontam ingerência política em mudanças na Fapemig

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Reitores e pró-reitores de universidades federais, representantes de institutos de pesquisa, entidades científicas e de pós-graduandos presentes em audiência nesta quarta-feira (20/3/24) criticaram de forma unânime decreto do governo mineiro que alterou o estatuto da Fapemig, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais.

O decreto em questão é o 48.715, de outubro de 2023, pelo qual a presidência do Conselho Curador da Fapemig passa a ser exercida por servidor da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) e perde sua função original de deliberar sobre o plano de ação e o orçamento anual da fundação.

Os impactos da norma foram debatidos na Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Todos os críticos ao novo estatuto apontaram que ele fere a autonomia de gestão da Fapemig e defenderam que sejam aprovadas pelos deputados mudanças na Constituição do Estado para assegurar a independência da fundação.

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Nesse sentido, as falas foram de apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de iniciativa da deputada Lohanna (PV). O texto garantindo autonomia científica e administrativa à Fapemig precisa de pelo menos 26 assinaturas de deputados para poder ser protocolada na ALMG. No momento da reunião havia 20 assinaturas, segundo a parlamentar.

Outra iniciativa que também recebeu apoio de gestores de instituições de ensino e pesquisa foi o Projeto de Resolução 27/23, da presidenta da comissão, deputada Beatriz Cerqueira (PT), sustando os efeitos do decreto.

Em fala que resumiu o sentimento geral que predominou na audiência, o pró-reitor de Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fernando Marcos dos Reis, disse que as mudanças comprometem a perenidade e a sustentabilidade da fundação, que segundo ele pode vir a ser enfraquecida ao ser colocada na hierarquia do governo.

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Risco de enfraquecimento da fundação é apontado

Ao fazer coro à defesa de uma PEC tratando da Fapemig, os reitores da Universidade Federal de Lavras (Ufla), João Chrysostomo de Resende, e da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Heron Laiber Bonadiman, lembraram que Minas tem o maior complexo de instituiçoes federais do País.

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Eles frisaram que são 11 universidades federais, cinco institutos federais e mais o Cefet, sem falar nas universidades estaduais, e defenderam que um complexo desse tamanho não pode ficar à mercê da conveniência de governos.

“Sem previsibilidade não se tem como avançar na ciência e na tecnonolgia. O investimento tem que ser de Estado, e de longo prazo, e não de um governo ou outro”, também se manifestou Demetrius David da Silva, gestor da Federal de Viçosa (UFV).

Os riscos de ingerência política na ciência trazidos pelo decreto foram lembrados pelos membros da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e reitores das Universidades Federais de Uberlândia, Carlos Martins da Silva, e de São João Del Rei, Marcelo de Andrade, entre outros. Este último ainda pontuou ter sido nomeado para o cargo pela gestão anterior do governo federal, mas que seria preciso considerar que o meio científico passou por momentos de “vergonha” à época.

“Foi um governo que defendia, por exemplo, a cloroquina para tratamento (da Covid-19). Precisamos de liberdade e autonomia para o desenvolvimento da ciência”, ilustrou ele para defender que órgãos como a Fapemig não dependam de interesses dos governos vigentes.

Rafael Bastos, reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, avaliou que a presença na audiência de tantas universidades demonstra que há uma união institucional à altura da importância da Fapemig.

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Ex-gestor vê ilegalidade

Paulo Sérgio Lacerda Beirão, que presidiu a fundação entre abril de 2020 e outubro de 2023, também criticou o decreto e sustentou suas críticas em apresentação exibida na audiência.

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Ele apontou que o decreto não teria exposição de motivos nem manifestação da área jurídica do Estado. “Foi feito na calada da noite e pegou todo mundo de surpresa”, criticou.

Governo defende novo modelo

Apesar das críticas, as mudanças no estatuto da fundação foram defendidas pelo secretário executivo da Secretaria de Estado Adjunta de Desenvolvimento Econômico, Guilherme da Cunha, que é o representante da pasta no Conselho Curador.

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Segundo Guilherme da Cunha, a mudança no modelo de governança da fundação foi pensada para trazer um maior alinhamento entre a formulação e o planejamento da política de ciência e tecnologia do Estado e seu principal órgão executor, que é a Fapemig.

Ese alinhamento, segundo ele, não trará ingerência da Sede em projetos da Fapemig. O gestor ainda afirmou que o modelo trazido pelo decreto estadual “é quase que uma cópia absoluta do modelo do CNPq”, referindo-se ao Conselho Nacional de Desevolvimento Científico e Tecnológico.

Ele argumentou que o CNPq teria um modelo consolidado, vigente há décadas, mantendo-se por diferentes governos na esfera federal.

Guilherme da Cunha também disse que as mudanças trazidas pelo decreto têm o objetivo de trazer maior capilaridade à pesquisa e à inovação no Estado. Por fim, ele pediu que as alterações passassem por um teste antes de qualquer reivindicação de mudança.

Comissão vê impasse

A deputada Lohanna discordou da fala do representante do Executivo quanto a aguardar por resultados antes de criticar o decreto. “É inadmissível pensar num conselho curador que não tem mandato e que não pode ser mudado na Fapemig”, frisou ela ao apontar que esse é um dos impactos do decreto que a PEC pretende atacar.

A presidenta da comissão também criticou ao final a fala do representante da Sede em que ele defendeu o alinhamento da Fapemig ao planejamento da política de pesquisa. “Os governos mudam, ficaremos então (com o alinhamento), sempre à mercê do humor de governos e secretários?”, criticou Beatriz Cerqueira.

Avaliando que a audiência resultou num impasse, ela disse que além da defesa da PEC e de invalidação do decreto iria propor uma nova reunião com as instituições para definir os próximos passos da mobilização em defesa da Fapemig.

Fonte: Assembleia Legislativa de MG

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Secretariado em Arcos é anunciado pela nova gestão

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Nesta segunda-feira, 11 de novembro, o Prefeito Eleito Dr. Wellington Roque e o vice Ronaldo Gonçalves apresentaram oficialmente os secretários e secretárias municipais que irão compor o governo de Arcos na gestão 2025/2028.
Este novo time administrativo se destaca pela vasta experiência em gestão de projetos e administração pública, evidenciando um forte compromisso com o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social de Arcos.
Pela primeira vez na história do município, o secretariado conta com três mulheres em posições de liderança, incluindo a inédita nomeação de uma Secretária de Fazenda, um cargo historicamente ocupado por homens.
Abaixo, conheça os nomes e cargos do novo secretariado:
• Cláudia Cardoso Soares – Secretária de Fazenda
• Aline Maria Correia Arantes – Secretária de Saúde
• Lilian Teixeira Garcia Gomes – Secretária de Educação
• Dênio Dutra Barbosa – Secretário de Administração
• Rodolfo Geraldo Dalariva Silva – Secretário de Obras e Serviços Públicos
• João Paulo Estevão Rodrigues Roque – Secretário de Governo
• Marlon Batista da Costa – Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável
• Ronaldo Gaspar Ribeiro – Secretário de Integração Social
• Evandro Marinho Siqueira – Secretário de Meio Ambiente
• João Paulo Alves Gomes – Secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo
Com um time preparado e altamente qualificado, a nova administração busca consolidar uma gestão eficiente e inovadora, pronta para atender às demandas da população e promover o crescimento equilibrado e inclusivo de Arcos.
A posse dessa equipe de alto nível será um marco no início de um ciclo de ações voltadas para o fortalecimento do município nos próximos quatro anos.

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