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Política

Projeto que altera limites de Estação Ecológica de Arêdes gera divergências

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Especialistas da área ambiental e do patrimônio estadual e representantes do Grupo Minar e da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) discordaram quanto ao Projeto de Lei (PL) 387/23, de autoria do deputado João Magalhães (MDB), que altera os limites da Estação Ecológica Estadual de Arêdes, no município de Itabirito, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

O tema foi debatido em audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada nesta quinta-feira (13/7/23).

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A Estação Ecológica Estadual de Arêdes tem uma área total aproximada de 1.187,23 hectares, em região rica em minério de ferro, e é vizinha de áreas exploradas pelo grupo Vale, tais como a Mina do Pico, em Itabirito, e a Mina de Fábrica, em Ouro Preto, na Região Central.

A gerente de Patrimônio Cultural Material do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), Angela Dolabela Canfora, afirmou que o projeto, que propõe acrescentar à Estação Ecológica de Arêdes uma área de 61,0558 hectares e excluir da unidade de conservação uma área de aproximadamente 27,91 hectares, traz motivos conflitantes com o próprio propósito da criação da Estação e que motivaram o seu tombamento estadual.

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A gerente de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Letícia Horta Vilas Boas, ressaltou que a matéria está em análise pelo Governo de Minas. Na ALMG, o projeto já recebeu parecer pela constitucionalidade da Comissão de Constituição e Justiça e ainda será analisado pelas Comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Administração Pública.

“Hoje estou aqui como representante da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e agradeço a oportunidade de coletar mais informações de ambos os lados, porque uma alteração como a que está sendo proposta pelo projeto demanda um estudo técnico muito grande. A partir do que estamos debatendo, poderemos emitir uma análise com mais qualidade e o maior rigor técnico possível, para retornarmos com um parecer técnico para esta Casa”, disse.

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Para professora, mudança na Estação Ecológica não seria adequada

Professora da Universidade Federal em Ouro Preto (UFOP) e bióloga marinha, Yasmine Antonini trabalha na Estação Ecológica e afirmou que a área proposta para ser acrescida à Estação não substitui de maneira adequada a área a ser retirada.

“É muito importante preservamos a floresta atlântica, mas uma área de floresta, que inclusive já foi degradada, não substitui de maneira adequada um campo ferruginoso, caixa d’água da região, onde as nascentes convergem e descem para os cursos de água que alimentam toda a região. A gente não come nem bebe minério. Infelizmente não existe mineração sustentável, sempre haverá algum impacto ambiental”, pontuou.

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Para Fiemg, proposta aumentaria área de preservação

Gerente de Meio Ambiente e Relações Institucionais da Fiemg, Thiago Rodrigues Cavalcanti defendeu o projeto, por pretender ampliar a área de preservação, não diminuir.

“Fizemos estudos de impacto econômico que demonstraram que o empreendimento significará um aumento de R$ 1,7 bilhões para o patrimônio do Estado e um aumento na massa salarial de Minas Gerais em R$ 309 milhões, além da geração de 9.700 empregos. A alteração proposta permitirá uma atividade produtiva que trará grandes benefícios para o Estado”, defendeu.

Deputados também divergem quanto ao projeto

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Membro da Comissão de Meio Ambiente, a deputada Bella Gonçalves (Psol) questionou o gerente da Fiemg a respeito de quantos empregos estariam sendo gerados hoje na área próxima à Estação Ecológica. Ela também questionou onde seriam gerados os 9.700 empregos mencionados pelo gerente.

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O consultor técnico da Relações Institucionais da Minar, Gabriel Guimarães de Andrade, decidiu esclarecer a questão e explicou que o processo de descomissionamento de barragem no município já havia sido concluído, com ampla tecnologia agregada, e que não existiriam dados sobre quais trabalhadores ainda permanecem na área.

Além dele, o gerente da Fiemg também pontuou que os empregos mencionados serão gerados dentro do Estado e englobariam toda a cadeia produtiva.

A parlamentar então defendeu uma visita técnica da comissão à área, para verificação das áreas que serão impactadas pelo projeto de lei.

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Ela também teceu críticas ao fato de que não há, no projeto, estudos quanto ao impacto ambiental para a Estação Ecológica caso ocorram atividades minerárias na área de aproximadamente 27,91 hectares que serão objeto de desafetação do PL 387/23.

Autor do requerimento para a realização da reunião, o deputado Gustavo Santana (PL) defendeu o projeto, afirmando que apenas 2,8% da área da estação será retirada e haverá aumento da área protegida, aliado à geração de emprego e renda, contribuindo para o desenvolvimento econômico do Estado.

Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da ALMG, o deputado Tito Torres (PSD) defendeu o diálogo sério e respeitoso entre todos os envolvidos. O deputado Ricardo Campos (PT) defendeu que a mineração seja feita de forma responsável, de modo a dar oportunidades de trabalho a todos.

Fonte: Assembleia Legislativa de MG

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Secretariado em Arcos é anunciado pela nova gestão

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Nesta segunda-feira, 11 de novembro, o Prefeito Eleito Dr. Wellington Roque e o vice Ronaldo Gonçalves apresentaram oficialmente os secretários e secretárias municipais que irão compor o governo de Arcos na gestão 2025/2028.
Este novo time administrativo se destaca pela vasta experiência em gestão de projetos e administração pública, evidenciando um forte compromisso com o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social de Arcos.
Pela primeira vez na história do município, o secretariado conta com três mulheres em posições de liderança, incluindo a inédita nomeação de uma Secretária de Fazenda, um cargo historicamente ocupado por homens.
Abaixo, conheça os nomes e cargos do novo secretariado:
• Cláudia Cardoso Soares – Secretária de Fazenda
• Aline Maria Correia Arantes – Secretária de Saúde
• Lilian Teixeira Garcia Gomes – Secretária de Educação
• Dênio Dutra Barbosa – Secretário de Administração
• Rodolfo Geraldo Dalariva Silva – Secretário de Obras e Serviços Públicos
• João Paulo Estevão Rodrigues Roque – Secretário de Governo
• Marlon Batista da Costa – Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável
• Ronaldo Gaspar Ribeiro – Secretário de Integração Social
• Evandro Marinho Siqueira – Secretário de Meio Ambiente
• João Paulo Alves Gomes – Secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo
Com um time preparado e altamente qualificado, a nova administração busca consolidar uma gestão eficiente e inovadora, pronta para atender às demandas da população e promover o crescimento equilibrado e inclusivo de Arcos.
A posse dessa equipe de alto nível será um marco no início de um ciclo de ações voltadas para o fortalecimento do município nos próximos quatro anos.

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