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Proteção da Serra do Espinhaço deve integrar comunidades

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A proteção da Serra do Espinhaço deve ter gestão participativa, envolvendo comunidades e povos tradicionais; fomento ao turismo de base comunitária; controle de atividades como a mineração e estudos mais aprofundados sobre sua riqueza natural e cultural, conforme enumerado por participantes de audiência pública que tratou, nesta terça-feira (21/5/24), da importância dessa que é a única cordilheira do Brasil.

O debate ocorreu na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a pedido das deputadas Bella Gonçalves (Psol) e Leninha (PT). Ambas são autoras de projeto para instituir o Dia Estadual da Serra do Espinhaço, em defesa de seu patrimônio natural e cultural.

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Mesmo reconhecida em 2005 como reserva da biosfera pela Unesco, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), a serra ainda necessita de ações à altura de sua relevância, segundo endossaram convidados como Miguel Andrade, professor da PUC Minas e coordenador da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço (RBSE).

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Coordenador também da Rede Brasileira de Reservas da Biosfera (BRB), Miguel Andrade apresentou um vídeo exaltando a riqueza do Espinhaço, que atravessa de sul a norte os estados de Minas e Bahia, abrigando monumentos emblemáticos como o Pico do Itambé e cachoeiras monumentais como a do Tabuleiro, a terceira mais alta do País.

Ele destacou, ainda, que 40% da flora da região é composta por espécies endêmicas, ou seja, que não existem em nenhum outro lugar do mundo. E que a serra abriga três biomas brasileiros importantes para a conservação da biodiversidade: Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.

Homem e biosfera articulados

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O superintendente em Minas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente es Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Sérgio Augusto Domingues, considerou que o Espinhaço ainda é pouco estudado para tamanha biodiversidade e encontro de biomas .

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Nesse sentido, ele sugeriu que pesquisadores se aprofundem no estudo do programa da Unesco “Homem e Biosfera”, por trazer, segundo ele, fundamentos científicos importantes para a conservação aliada com a integração do ser humano no meio ambiente.

Ele destacou que o Espinhaço já tem unidades de conservação ao longo de seu território, mas apontou que o programa da Unesco habilita o território a ter um maior intercâmbio com reservas de biosfera de outros países.

“Várias delas têm problemas comuns ao Espinhaço, relacionados, por exemplo, à mineração”, pontuou Sérgio Augusto Domingues, mencionando África do Sul e Canadá, enre outros, ao considerar ser possível criar grupos temáticos para aprendizagem e trocas de conhecimento.

Segundo ele, esse intercâmbio seria importante também para levar mineradoras atuando no Brasil a aderirem a protocolos internacionais para uma atividade minerária mais sustentável.

Mineração é ameaça

Também abordando a atividade minerária, Maria Teresa Corujo, do Movimento Salve Gandarela, destacou que a cordilheira fica sobreposta pelos interesses minerários ao exibir imagens de mapas de Minas Gerais em que estão assinaladas barragens em áreas da Serra do Espinhaço.

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Maria Teresa Corujo frisou ainda que a Serra Gandarela, das poucas ainda protegidas, também está ameaçada com a retormada do projeto Apolo, da Vale, em área que, segundo ela, foi avocada pelo Estado como sendo para licenciamento sustentável, quando na verdade o intuito seria o de agilizar processos para exploração.

Vinícius Papatella, do Instituto Cordilheira, foi além na questão, defendendo o bloqueio de títulos minerários e a suspensão de processos de licenciamento para que primeiro se pense numa diversificação econômica que não a mineração na serra.

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Já a coordenadora da Comissão em Defesa dos Direitos das Comunidades Extrativistas (CODECEX), Maria de Fátima Alves, exaltou especialmente a importância da serra para os que nela vivem. “Ela é nossa sobreviência, é tudo para nós, é memória, é sustento, é cultura. A gente cuida dela e ela cuida da gente. Tem que parar com licenciamentos para mineração sem consultar as comunidades e povos tradicionais”, cobrou.

Espécies em risco

Gabriela Cristina Barbosa Brito, coordenadora do Plano de Ação Territorial para a Conservação das Espécies em Extinção do Espinhaço Mineiro (PAT/IEF) do Instituto Estadual de Florestas, destacou que o plano faz parte do programa nacional Pró-Espécies, atuando com uma rede de atores locais de várias áreas na proteção de 24 espécies da fauna e flora em perigo crítico de extinção no Espinhaço.

Dia de delebração e denúncia

Destacando que a Serra do Espinhaço tem uma riqueza inestimável para o Brasil, tanto em expressões culturais como em biodiversidade, a deputada Bella Gonçalves (Psol) defendeu ações de fomento e conservação da área.

“Queremos pensar num dia celebrativo para olhar para essa riqueza e pensar estratégias de proteção e também para denunciar as ameaças à sua proteção”, afirmou a deputada, pontuando que atividades como o ecoturismo podem ser uma alternativa econômica sustentável à mineração, que, segundo ela, vem sendo ampliada na região.

A deputada Leninha (PT) destacou que a audiência sobre a serra antecedeu o Dia da Biodversidade e destacou a importância do respeito às comunidades locais da Serra do Espinhaço. “É a única cordilheira do Brasil e que tem povos tradicionais que têm protegido o ambiente”, defendeu.

Fonte: Assembleia Legislativa de MG

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ESPORTES

De campeão olímpico a campeão do povo: Maurício do Vôlei reafirma compromisso com os brasileiros e derrota o retorno do DPVAT

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Ontem foi escrita mais uma página de uma história que já inspirou milhares de brasileiros. A Câmara dos Deputados rejeitou a volta do famigerado DPVAT, o imposto que, durante anos, pesou no bolso de milhões de cidadãos. Entre os nomes que se destacaram nesta batalha, está o deputado federal Maurício do Vôlei, um homem cuja trajetória é marcada pela entrega, pela superação e pelo compromisso inabalável com a nação.

No início do ano passado, ao votar favoravelmente à retomada do DPVAT por engano, Maurício não fugiu de sua responsabilidade. Reconheceu o erro publicamente e, com humildade, pediu desculpas ao povo brasileiro, mostrando que lideranças fortes também sabem ser humanas. Desde então, o deputado trabalhou incansavelmente para provar que sua luta vai além de um voto ou de um discurso — ela é pela proteção dos valores que sustentam nosso país: a família, a fé e a liberdade.

“Sempre defenderei os brasileiros, assim como defendi as cores da bandeira nas quadras. Minha missão não mudou. Não sou daqueles que mudam de camisa para agradar ou vencer uma eleição. Fui, sou e sempre serei conservador, defensor da família, do trabalho honesto e do futuro das próximas gerações”, afirmou o parlamentar, emocionado, logo após a vitória no plenário.

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Assim como em sua carreira no vôlei, Maurício jogou limpo. Diferente de muitos que alternam entre partidos e bandeiras de acordo com o vento político, ele permaneceu firme em seus princípios no PL. Para ele, o mandato não é sobre garantir reeleição; é sobre construir um legado — um Brasil que mantenha suas raízes e seu povo livre de amarras.

Ontem, a Câmara mandou um recado claro ao país: impostos que penalizam ainda mais os trabalhadores brasileiros, como o DPVAT, não têm espaço aqui. E Maurício do Vôlei deixou registrado que está e sempre estará em defesa das pessoas que acreditam num Brasil forte e justo.

Se ontem ele estava nas quadras levantando troféus pelo Brasil, hoje ele ergue as bandeiras da família, da justiça e do povo. Maurício do Vôlei segue sendo um campeão — não só no esporte, mas na vida pública.

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