Política
Respostas mais rápidas a danos por Brumadinho são cobradas
Entre 2021 e 2023, a saúde mental de atingidos pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (Região Metropolitana de Belo Horizonte) se manteve em patamar acima do esperado, embora o quadro ainda demandasse cuidados, sobretudo em casos de stress pós-traumático. Por outro lado, ainda persistiram no período danos respiratórios e elevado risco para problema cardiovascular decorrentes da tragédia, ocorrida em janeiro de 2019.
Esse panorama foi apresentado nesta quarta-feira (19/6/24) pelo pesquisador em saúde da Fiocruz Sérgio Viana Peixoto e decorre de estudo epidemiológico feito pela fundação a pedido do Ministério da Saúde desde 2021, sobre impactos sofridos em Brumadinho.
A discussão sobre possíveis danos causados à saúde pela mineração no Estado foi feita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pela Comissão de Saúde, tendo o pesquisador alertado que toda a situação envolvendo impactos do desastre em Brumadinho precisa de acompanhamento contínuo, pois envolve questões dinâmicas ao longo do tempo.
“Hoje a água pode ser um problema, mas amanhã pode ser o solo, por isso a vigilância é fundamental”, frisou.
Sobre a contaminação por metais, Sérgio Viana Peixoto relatou que em 2021 testes laboratoriais em atingidos mostraram presença significativa de chumbo, manganês e arsênio. Dois anos após, os níves ainda continuavam aumentados em crianças, mas com queda no manganês e estabilidade no arsênio.
“Mas são dados pontuais, e não podemos ainda falar em alguma tendência porque é necessário uma nova análise”, observou o pesquisador, também frisando que o manganês presente na lama dos rejeitos analisada foi 27 vezes superior ao encontrado em outros solos.
“O que nos angustia em Brumadinho é a demora nas respostas pedidas pelas comunidades, pois o tempo do serviço público e da pesquisa é diferente, mas precisamos pensar em prazos menores”, pontuou o representante da Fiocruz.
Segundo ele, um encontro em julho com gestores nos três níveis de governo deve ser realizada para alinhamento de ações voltadas para lacunas identificadas na atenção à saúde dos atingidos.
Reorganização do SUS é defendida
A promotora de Justiça Vanessa Campolina Rebello Horta, coordenadora regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Centro, rememorou o pleito apresentado anteriormente à ALMG de realizar um debate público no Legislativo para construir uma política de saúde para atingidos por barragens que deixe evidente as responsabilidades do SUS.
Ela endossou a necessidade de dar às comunidades atingidas respostas mais rápidas, qualificadas e transparentes às suas necessidades em saúde, e disse que a política reivindicada teria esse objetivo.
Ela reiterou ainda a reivindicação de criação de um grupo de trabalho com especialistas, atingidos, assessorias técnicas independentes, poder público e Conselho Estadual de Saúde para mapear diretrizes para a nova política.
O promotor Luciano de Oliveira, coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde, ainda defendeu que o Estado trate de impactos da mineração na saúde desde o licenciamento ambiental até as consequências para o bem-estar das comunidades. “Não há no SUS uma rede organizada nesse sentido”, alertou.
Estado destaca escuta de comunidades e monitoramento da água
Assessor-chefe de Parcerias Institucionais da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Luiz Fernando de Miranda fez uma apresentação do plano de Atenção Integral à Saúde das Populações Atingidas e disse, sobre o acordo de reparação por Brumadinho, que o estudo de avaliação de riscos à saúde humana decorrentes da queda da barragem teve concluída a etapa de levantamento na população, estando em andamento a elaboração de relatório com as preocupações levantadas.
Segundo ele, foram ouvidas 416 comunidades afetadas e realizadas três devolutivas de relatórios agrupando diversas comunidades ouvidas, processo que deve ser concluído até o final do ano.
Outra fase do plano por ele destacada será a de campo, para coletas de dados e material para análises, seguida da definição de ações de mitigação dos impactos levantados.
Especificamente sobre a água para consumo humano, ele relatou que de 92 pontos analisados num total de 16 municípios impactados pelo desastre em Brumadinho, 83% daqueles elegíveis para receber sistema de tratamento já foram atendidos; e 58 pontos continuam monitorados, com parte deles ainda tendo exposição excessiva à contaminação decorrente da lama de rejeitos da barragem.
Presidente da comissão, o deputado Arlen Santiago (Avante), autor do pedido para a audiência, apoiou demandas reiteradas na audiência e disse que novas respostas aos pleitos e às comunidades serão pedidas e tratadas em breve, em nova audiência a ser marcada.
Ele também anunciou que vai apresentar requerimento de visita técnica da comissão a Brumadinho, para verificar se as comunidades estão se sentindo ouvidas a contento pela SES. Ele também frisou a necessidade de debater mais a fundo impactos causados à irrigação em função da contaminação da água pelos rejeitos da barragem rompida.
Fonte: Assembleia Legislativa de MG
Política
Secretariado em Arcos é anunciado pela nova gestão
Nesta segunda-feira, 11 de novembro, o Prefeito Eleito Dr. Wellington Roque e o vice Ronaldo Gonçalves apresentaram oficialmente os secretários e secretárias municipais que irão compor o governo de Arcos na gestão 2025/2028.
Este novo time administrativo se destaca pela vasta experiência em gestão de projetos e administração pública, evidenciando um forte compromisso com o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social de Arcos.
Pela primeira vez na história do município, o secretariado conta com três mulheres em posições de liderança, incluindo a inédita nomeação de uma Secretária de Fazenda, um cargo historicamente ocupado por homens.
Abaixo, conheça os nomes e cargos do novo secretariado:
• Cláudia Cardoso Soares – Secretária de Fazenda
• Aline Maria Correia Arantes – Secretária de Saúde
• Lilian Teixeira Garcia Gomes – Secretária de Educação
• Dênio Dutra Barbosa – Secretário de Administração
• Rodolfo Geraldo Dalariva Silva – Secretário de Obras e Serviços Públicos
• João Paulo Estevão Rodrigues Roque – Secretário de Governo
• Marlon Batista da Costa – Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável
• Ronaldo Gaspar Ribeiro – Secretário de Integração Social
• Evandro Marinho Siqueira – Secretário de Meio Ambiente
• João Paulo Alves Gomes – Secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo
Com um time preparado e altamente qualificado, a nova administração busca consolidar uma gestão eficiente e inovadora, pronta para atender às demandas da população e promover o crescimento equilibrado e inclusivo de Arcos.
A posse dessa equipe de alto nível será um marco no início de um ciclo de ações voltadas para o fortalecimento do município nos próximos quatro anos.
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