Política
Saída para a dívida é política e não passa pelo RRF, reforçam lideranças

“Políticas públicas concorrem com a dívida por recursos”. “Cortes de gastos ceifam vidas”. O dilema expresso pelas frases de participantes do ciclo de debates Endividamento de Minas Gerais, foi aprofundado no painel “Os impactos da dívida nas políticas públicas destinadas à população”, na tarde desta quinta-feira (26/10/23). A solução passaria longe do Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Seria, na verdade, política: sentar com o credor e negociar.
O ciclo de debates é realizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e reúne autoridades e especialistas na busca de um caminho viável para o equacionamento da dívida pública do Estado. A programação continua nesta sexta (27), com os painéis “A arrecadação: Lei Kandir, benefícios fiscais e a reforma tributária”; e “As soluções propostas: o Regime de Recuperação Fiscal e as alternativas possíveis”.
Para a maioria dos participantes, a solução para a dívida não deve ser técnica. Nesse sentido, eles criticaram o governador Romeu Zema pela “negação” da política e pela falta de habilidade nesse campo. “Zema não tem essa estatura. Não há movimento para procurar as lideranças”, pontuou Lohanna (PV). O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) acrescentou que, em jantar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ele teria dito que nunca foi procurado pelo governador para discutir qualquer demanda de Minas.
O ex-deputado estadual Sávio Souza Cruz reforçou que é preciso mobilizar lideranças em favor do problema da dívida. Também para ele, não se faz ajuste por lei porque a realidade se impõe à norma. “O ajuste é no campo da política. Mas Minas insiste em um instrumento proposto pelo governo federal anterior, que tinha uma lógica oposta ao atual”, criticou.
“Economia é política social aplicada. O tecnicismo vai nos fazer errar. O que resolve é sentar com o presidente e fazer política”, reiterou Gelton Pinto Coelho, do Conselho Regional de Economia e do Conselho Municipal da Pessoa Idosa de Belo Horizonte. Ele citou o fluxo de atendimento aos idosos, que começa no Disque 100 e envolve a ação da Polícia Civil. “Sem gasolina ela não vai chegar”, frisou, citando impactos para a população.
Máquina pública pode emperrar
Para Gelton Coelho, a adesão ao RRF apenas muda o perfil da dívida, mas não soluciona o problema e ainda impede o funcionamento da máquina pública. Já Denise Romano, coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), lembrou que em muitos municípios do interior de Minas os salários dos servidores públicos são o que faz a economia girar. “Com nove anos de congelamento previstos no plano, o impacto será imenso”, apontou.
Falando pela segurança pública, o coronel Ailton Cirilo da Silva, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, destacou as perdas inflacionárias da categoria e os impactos que podem advir do RRF: redução do poder de compra, bicos como segunda jornada, faltas ao trabalho e, consequentemente, queda na qualidade do serviço público. A saúde mental dos policiais também foi enfatizada.
Renato Barros, diretor do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde citou o desmonte que já vem ocorrendo na rede Fhemig e o agravamento que pode ocorrer com o RRF. Também o deputado Lucas Lasmar (Rede) citou que, entre 2019 e 2021, o Estado deixou de investir R$ 7 bilhões na saúde, entre o que foi previsto e o que realmente foi investido. Ele conclamou os colegas a tomarem consciência dos impactos do RRF e votarem contra a proposta, independentemente de serem apoio ao governo.
Já Doutor Jean Freire (PT) conclamou os participantes ao convencimento da sociedade sobre esses impactos. “O secretário Gustavo Barbosa (Fazenda) foi o arquiteto do mesmo plano no Rio de Janeiro e admitiu que ele está em ruínas. Como vamos autorizar que ele faça o mesmo em Minas?”, questionou.
Estado condiciona políticas públicas à renegociação
Na defesa do RRF, o representante da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), Túlio de Souza Gonzaga, comparou o valor da dívida a ser pago em 2024 com o RRF (R$ 4,3 bilhões) e sem o RRF (R$ 18,8 bi). Essa diferença, de cerca de R$ 14 bi, segundo ele, pagaria um ano da folha de servidores ativos do Estado, exceto da segurança e da educação; ou sete anos de custeio da segurança; ou, ainda, 100 anos do orçamento da Defesa Social (Sedese).
Ele também listou os valores programados por áreas no PPAG 2024 e enfatizou que os R$ 14 bi seriam superiores ao orçamento da segurança (R$ 12 bi). “De forma simplificada, o que gasto com a dívida, deixo de gastar com políticas públicas. E se a dívida é alta demais, inviabiliza essas políticas”, sintetizou. Segundo Túlio Gonzaga, a dívida de Minas chegou a R$ 160 bilhões em 2022, contra Receita Corrente Líquida de R$ 90 bi.
O representante da Seplag também citou o déficit previdenciário como outro concorrente das políticas públicas na disputa por recursos. Em 2022, segundo ele, esse déficit foi de R$ 18 bi, chegando a R$ 12 bi até agosto de 2023.
Nesse ponto, a deputada Beatriz Cerqueira (PT), que presidiu a mesa, questionou os resultados da reforma da previdência, aprovada durante a pandemia, com a premissa de resolver o deficit previdenciário. A parlamentar propôs uma análise do que poderia ser pago com os valores de renúncia fiscal do governo Zema, calculadas em R$ 16 bi em 2023.
Fonte: Assembleia Legislativa de MG


ESPORTES
De campeão olímpico a campeão do povo: Maurício do Vôlei reafirma compromisso com os brasileiros e derrota o retorno do DPVAT

Ontem foi escrita mais uma página de uma história que já inspirou milhares de brasileiros. A Câmara dos Deputados rejeitou a volta do famigerado DPVAT, o imposto que, durante anos, pesou no bolso de milhões de cidadãos. Entre os nomes que se destacaram nesta batalha, está o deputado federal Maurício do Vôlei, um homem cuja trajetória é marcada pela entrega, pela superação e pelo compromisso inabalável com a nação.
No início do ano passado, ao votar favoravelmente à retomada do DPVAT por engano, Maurício não fugiu de sua responsabilidade. Reconheceu o erro publicamente e, com humildade, pediu desculpas ao povo brasileiro, mostrando que lideranças fortes também sabem ser humanas. Desde então, o deputado trabalhou incansavelmente para provar que sua luta vai além de um voto ou de um discurso — ela é pela proteção dos valores que sustentam nosso país: a família, a fé e a liberdade.
“Sempre defenderei os brasileiros, assim como defendi as cores da bandeira nas quadras. Minha missão não mudou. Não sou daqueles que mudam de camisa para agradar ou vencer uma eleição. Fui, sou e sempre serei conservador, defensor da família, do trabalho honesto e do futuro das próximas gerações”, afirmou o parlamentar, emocionado, logo após a vitória no plenário.
Assim como em sua carreira no vôlei, Maurício jogou limpo. Diferente de muitos que alternam entre partidos e bandeiras de acordo com o vento político, ele permaneceu firme em seus princípios no PL. Para ele, o mandato não é sobre garantir reeleição; é sobre construir um legado — um Brasil que mantenha suas raízes e seu povo livre de amarras.
Ontem, a Câmara mandou um recado claro ao país: impostos que penalizam ainda mais os trabalhadores brasileiros, como o DPVAT, não têm espaço aqui. E Maurício do Vôlei deixou registrado que está e sempre estará em defesa das pessoas que acreditam num Brasil forte e justo.
Se ontem ele estava nas quadras levantando troféus pelo Brasil, hoje ele ergue as bandeiras da família, da justiça e do povo. Maurício do Vôlei segue sendo um campeão — não só no esporte, mas na vida pública.
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