De acordo com as informações da revista Pequenas Empresas Grandes Negócios a
construção civil, alimentação fora do lar, moda, móveis e eletroeletrônicos e varejo tradicional são alguns dos setores mais impactados pela pandemia do Covid-19 no Brasil.
Para saber sobre os possíveis impactos na nossa região (Passos) falamos com analista do Sebrae Minas, Fabiana Rodrigues, que alertou para o número de ações que o órgão desenvolve diariamente para os empresários.
“O SEBRAE criou várias lives orientando os empresários da região. Elas estarão disponíveis no nosso site. Promovemos uma roda de conversa com parceria da Caixa Econômica, do Banco do Brasil e do Sicoob prevendo que muita gente vai precisar de crédito, e nesse momento vai valer apena usar” analisou Fabiana.
Ainda conforme a analista os setores mais prejudicados na nossa região serão “moda e acessórios, varejo tradicional, confecção, atrativos turísticos e hospedagens”. Ela orienta que essa é uma ocasião para o empresário analisar o seu negócio de dentro para fora e planejar a sua empresa daqui pra frente.
“Todos sabem que da noite para o dia tudo mudou e para minimizar ao máximo os prejuízos vai ser necessária muita criatividade, planejamento e força de trabalho para superar essa situação. A crise também é um momento de oportunidades. O SEBRAE criou também um aplicativo para divulgação gratuita de produtos e serviços, trata-se uma roda de crédito virtual que o empresário poderá assistir e levar para dentro da empresa”. Finalizou.
Em todo o país o mapeamento do SEBRAE aponta que, outros 10 setores da economia estão entre os mais afetados e totalizam mais de 12,3 milhões de negócios, esses segmentos respondem por mais de 21,5 milhões de empregos.
Em janeiro desse ano a taxa de desemprego havia atingindo o menor índice desde 2016 e fechou o ano de 2019 com 11,9% . A redução nas desocupações do fim de ano foi de 883 mil pessoas, frente ao trimestre de julho a setembro de 2019, quando a desocupação atingiu 12,5 milhões de pessoas (Crédito: IBGE). O total de pessoas empregadas nas pequenas empresas é de 46,6 milhões, segundo dados da RAIS de 2019.
Após a pandemia provavelmente milhares de brasileiros deverão perder seus respectivos empregos e o SEBRAE se mostra preocupado com esse cenário, e age para, além de prestar orientações práticas e eficientes aos empresários, dimensionar quais são os principais segmentos que podem ser afetados pela crise e contribuir com a redução do impacto econômico da doença sobre as micro-pequenas empresas.
Além desses setores que sinalizam os prejuízos, outros segmentos ligaram o sinal de alerta, como por exemplo, de serviços educacionais, logística, transporte e tecnologia que juntos movimentaram uma massa salarial anual superior a R$ 238 bilhões.
Considerando que milhões de brasileiros vão priorizar a moradia, alimentação básica e a saúde, necessidades essenciais para a sobrevivência, esses setores vão precisar se repaginar para continuar.

Como vai ser o comportamento do consumidor nesses próximo meses?

Eis a questão, comprar um vestido ou pagar o arroz com feijão? Água e energia elétrica ou uma TV e um celular novo? Passeios ou reuniões familiares ? Academia ou atividades em praças de esportes?

Com tantas incertezas e ainda sem saber as consequências da pandemia o SEBRAE ofereceu um conjunto de propostas para o poder público e encaminhou para o Ministério do Desenvolvimento,  divididas em quatro frentes, são elas:

Redução de custos: políticas públicas para redução de alugueis, folhas de pagamento, encargos trabalhistas, empréstimos bancários, entre outros;
Viabilização de fluxo de caixa: linhas especiais para alongamento de prazo com fornecedores e empréstimos bancários, disponibilização de sistemas de garantias, prorrogação do prazo para recolhimento de tributos, unificação da data do FGTS;
Manutenção de empregos: ampliação e simplificação do uso de banco de horas, férias coletivas, redução e/ou escalonamento de jornada de trabalho, home office e suspensão do contrato de trabalho com direito ao seguro desemprego por período limitado;
Orientação: apoio ampliado, especializado e gratuito aos empresários de micro e pequenas empresas, com foco na adequação da operação dos negócios, permitindo a redução dos custos, manutenção dos empregos e sobrevivência das MPE neste período.
Cabe aos governos nesse momento de crise criar soluções, principalmente para os menos favorecidos. Especialistas defendem que os brasileiros geralmente não guardam reservas financeiras e que nesse momento de crise as soluções devem vir das autoridades.
È hora de economizar, gestores públicos devem estar atentos a esse momento, eventos, gastos desnecessários, acúmulos de cargos comissionados, pagamento de horas extras, redução e rodízio de carga horário do trabalhador e principalmente gratificações para funcionários de carreira devem ser avaliadas com muita preocupação.

Mundo afora o coronavírus derrubou a economia e os países mais desenvolvidos estão ampliando suas ações para salvar essa tragédia.

O governo americano faz duras restrições em relação a livre circulação nas ruas – medidas que não são vistas desde a segunda guerra mundial. Embora o epicentro da crise seja na Europa o Estados Unidos declarou estado de emergência, na América Latina, os países com mais pessoas infectadas estão seguindo o mesmo percurso.

O Covid-19 chegou no mundo em dezembro, mas não se sabe quanto tempo vai ficar e o quanto a pandemia pode se espalhar. Governantes que não tiverem pulso para gerir as situação estão no olho do furacão e podem ser os grandes responsáveis tanto pelo numero de falecidos , quanto pelo número de falidos.