Rural
3° maior produtor de leite do Brasil, Espírito Santo discute problemas
O Espírito Santo, terceiro maior produtor de leite do Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem enfrentado desafios com uma queda na produção leiteira e uma capacidade industrial subutilizada.
Com uma produção de aproximadamente um milhão de litros de leite por dia, o estado gera uma receita anual de cerca de R$ 750 milhões para 15 mil produtores,
Para discutir a situação o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) apresentou seus programas e projetos voltados para a bovinocultura de leite em um workshop de integração.
O evento ocorreu na Sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Gado de Leite) em Juiz de Fora, Minas Gerais, reunindo discussões sobre novos caminhos e compartilhamento de experiências.
Durante o encontro, foram abordadas as perspectivas do mercado para a agricultura familiar, detalhes sobre Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER Digital) e o Hub Virtual de Bovinocultura de Leite. Além disso, houve planejamento de ações para 2024 entre instituições públicas de ATER e a Embrapa Gado de Leite.
O extensionista do Incaper, Bernardo Lima Bento de Mello, apresentou programas e projetos voltados à bovinocultura de leite, destacando a parceria estabelecida com a Embrapa Gado de Leite desde 2018.
Entre as linhas de pesquisa e projetos, estão questões de nutrição de ruminantes, forragicultura, sistemas integrados de produção, melhoria do rebanho e recuperação de pastagens degradadas, entre outros aspectos que visam o desenvolvimento da atividade.
Bernardo Lima ressaltou a importância de enfrentar desafios como qualificação da mão de obra, produção de alimentos para os animais, sucessão familiar e recuperação de áreas degradadas para reverter esse cenário.
O Projeto de Fomento da Bovinocultura Sustentável foi abordado no evento, visando fortalecer a cadeia produtiva da pecuária bovina. O objetivo é elevar a qualidade dos produtos, aumentar a produtividade e renda dos produtores, investindo em melhorias estruturais, capacitação e acesso a animais melhoradores.
O workshop faz parte do plano de cooperação técnica entre a Embrapa Gado de Leite e o Incaper, renovado em 2023, e contempla ações conjuntas com outras instituições, como Emater-Rio, Emater-MG e Agraer-MS. O encontro contou também com a participação do Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, bem como o Ministério da Agricultura e Pecuária.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.