Rural
Abril começou bem: soja dispara impulsionada por Chicago e anima produtores
A primeira semana de abril foi muito boa para os produtores de soja brasileiros, os preços na bolsa americana de Chicago subiram 2,52% e prêmios atingiram US$ 90 por tonelada, impulsionando compras e vendas. Em consciência o mercado brasileiro da soja fechou a semana em alta expressiva, com preços disparando na sexta-feira (05.04) e prêmios atingindo patamares elevados.
Na Bolsa de Chicago, o contrato mais líquido da soja fechou a sexta-feira cotado a US$ 570,25 por bushel, um aumento de 2,52% em relação ao dia anterior. Essa alta consolidou a tendência de valorização observada ao longo da semana, que totalizou 6,25%. A força da soja em Chicago se refletiu no mercado brasileiro, impulsionando os preços e os prêmios.
Os prêmios, que representam a diferença de valor entre a soja brasileira e a soja negociada na bolsa de Chicago, também registraram um aumento significativo, chegando a US$ 90 por tonelada para o “frita” (termo que se refere a um tipo específico de grão de soja que foi processado para extração do óleo) para exportação. Essa valorização dos prêmios tornou a soja brasileira ainda mais competitiva no mercado internacional, atraindo o interesse de tradings estrangeiras.
Diante da alta dos preços e dos prêmios, as tradings intensificaram suas compras de soja brasileira. Os produtores, por sua vez, aproveitaram o momento favorável para vender seus estoques, impulsionando ainda mais a movimentação do mercado. Essa conjunção de fatores contribuiu para a alta expressiva observada na semana.
As perspectivas para o mercado brasileiro da soja no curto e médio prazo continuam otimistas. A demanda internacional pela oleaginosa segue forte, impulsionada pelo crescimento da população mundial e pela busca por alternativas mais saudáveis ao óleo de palma. Além disso, a safra brasileira de soja deve ser recorde em 2024, o que deve aumentar ainda mais a oferta da oleaginosa no mercado interno e externo.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.