Rural
Anfavea prevê expansão nas vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias
O setor de máquinas agrícolas e rodoviárias no Brasil apresenta perspectivas favoráveis para expansão, segundo levantamentos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com os dados, há um potencial de crescimento significativo, considerando que apenas 14,5% dos cerca de 5,1 milhões de estabelecimentos agropecuários no país possuem tratores, e apenas 2,4% têm colheitadeiras. Isso indica uma demanda latente por equipamentos, especialmente se os agricultores tiverem acesso a linhas de financiamento tanto públicas quanto privadas.
Ana Helena Andrade, vice-presidente da Anfavea, ressalta que o aumento da mecanização pode contribuir substancialmente para a produtividade agrícola, podendo ser facilitado por meio do aluguel de equipamentos ou cooperação entre agricultores.
No segmento da agricultura familiar, com 3,9 milhões de propriedades no Brasil, apenas 18% delas possuem algum tipo de mecanização. A meta é elevar esse índice para 70% até 2033, representando um avanço considerável em relação aos números de 2017.
Além disso, as perspectivas para o segmento de máquinas rodoviárias também são promissoras, impulsionadas por obras de saneamento básico, como os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Água Para Todos, que demandarão investimentos expressivos e beneficiarão diretamente o setor.
Para garantir o crescimento das vendas, a Anfavea destaca oito pontos prioritários, incluindo o andamento do PAC, licitações públicas alinhadas às normas técnicas, renovação de frota, competitividade das exportações, acordos bilaterais e condições de financiamento.
A atratividade das taxas de juros para financiamentos, programas de reindustrialização e expansão da conectividade em áreas remotas também são aspectos importantes para impulsionar o setor.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.