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Ano de “bienalidade positiva” impulsiona expectativas, mas clima desafia produtores de café mineiros

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A produção brasileira de café em 2024 promete números otimistas com uma estimativa de 58,08 milhões de sacas de grãos beneficiados, um aumento de 5,5% em relação ao ano anterior.

Este crescimento é atribuído ao ano de bienalidade positiva, um fenômeno que tradicionalmente beneficia a cultura cafeeira.

No entanto, em Minas Gerais, o maior estado produtor, as expectativas são mais moderadas com uma previsão de crescimento de apenas 0,6%, totalizando 29,18 milhões de sacas, segundo dados do 1º Levantamento da Safra de Café de 2024, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Willem de Araújo, coordenador estadual da Emater-MG, destaca que a performance abaixo do esperado em Minas Gerais se deve a condições climáticas adversas, incluindo a falta de chuva nas épocas críticas e as sequelas das geadas de 2021.

“As ondas de calor intensas que atingiram a região durante os períodos de floração e formação dos frutos no ano passado também prejudicaram significativamente a produção”, explica Araújo.

Os desafios climáticos se estendem ao manejo das lavouras, com as recentes chuvas intensas aumentando o risco de doenças fúngicas como a ferrugem, que afeta a saúde das plantas. Além disso, o alto custo dos fertilizantes em 2023 limitou os investimentos em manutenção, impactando ainda mais a produção.

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Apesar dos desafios em Minas Gerais, outros estados brasileiros apresentam perspectivas mais animadoras. No Espírito Santo, espera-se um aumento de 15,4% na produção, com destaque para o café conilon, cuja estimativa é de um crescimento de 9% em relação a 2023. O estado também antecipa um aumento de 38,2% na produção de café arábica.

São Paulo e Bahia também mostram sinais positivos, com esperadas produções de 5,40 milhões e 3,61 milhões de sacas, respectivamente, marcando um crescimento significativo em relação ao ano anterior. Em Rondônia, a produção de café conilon deve crescer 5,1%, evidenciando a resiliência e a adaptação dos produtores brasileiros frente aos desafios climáticos.

O cenário evidencia a importância da tecnologia e do manejo adequado na cafeicultura, bem como a necessidade de estratégias para mitigar os efeitos adversos do clima. Enquanto Minas Gerais busca superar os obstáculos para alcançar seu potencial produtivo, a expansão em outros estados reflete o dinamismo e a capacidade de adaptação do setor cafeeiro nacional.

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Com informações da Emater MG

Fonte: Pensar Agro

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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