Rural
Aprosoja pede CPI para investigar banimento do Tiametoxam
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) quer a for0mação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o banimento do inseticida Tiametoxam pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama). A entidade argumenta que a decisão foi tomada sem base científica e pode ter graves consequências para a agricultura brasileira.
A Aprosoja-MT destaca que o Ibama não apresentou estudos que comprovem os danos do inseticida para o meio ambiente ou para a saúde humana. A entidade questiona a decisão do Ibama de banir o produto com base em estudos realizados em outros países, com diferentes condições climáticas e agrícolas.
SAIBA MAIS:
Ibama e Aprosoja divergem da proibição
Produtores tentar reverter decisão do Ibama
A entidade mato-grossense alerta que o banimento do Tiametoxam pode levar ao aumento dos custos de produção e à queda da produtividade da agricultura brasileira. O inseticida é utilizado no controle de diversas pragas que afetam culturas como soja, milho, algodão e outras. “Sem o Tiametoxam, os produtores precisarão utilizar outros produtos, que podem ser menos eficazes e mais caros”, frisa a Aprosoja.
A Aprosoja-MT levanta a suspeita de que interesses obscuros podem estar por trás da decisão do Ibama de banir o Tiametoxam. A entidade observa que a proibição ocorreu logo após o fim da patente do produto, o que pode beneficiar empresas com produtos similares ainda protegidos por patente.
A CPI proposta pela Aprosoja-MT seria para investigar as motivações por trás do banimento do Tiametoxam e verificar se a decisão foi tomada com base em critérios técnicos e científicos. A entidade também quer que seja apurado se há indícios de irregularidades no processo de tomada de decisão do Ibama.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.