Rural
Bahia é destaque nacional na produção de ovinos
A ovinocultura no Brasil superou a marca de 20 milhões de cabeças de ovinos em 2023, segundo a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco). Este feito histórico reflete um contínuo crescimento da atividade, solidificando-se como uma importante fonte de renda na cadeia agropecuária nacional.
A expansão mais notável foi observada no Nordeste, região que abriga cerca de 12 milhões de cabeças de ovinos, com destaque especial para o Estado da Bahia, liderando com um rebanho de 4,5 milhões de animais, seguido por Pernambuco.
Além do crescimento em número, a carne ovina também foi tema central ao longo do ano. O presidente da Arco destacou que a entidade desempenhou um papel proeminente em discussões sobre a organização da cadeia de carne, evidenciado pelo êxito do primeiro Dia da Carne em Bagé (RS). Este evento promissor visou mostrar todo o ciclo produtivo, desde a produção até o prato, antecipando uma série de demandas para 2024.
“Estamos extremamente otimistas quanto à consolidação de programas direcionados à cadeia da carne, envolvendo todos os segmentos. Esperamos designar o ano de 2024 como o ano da carne ovina”, afirmou o presidente.
Além disso, o crescimento do Programa de Certificação da Lã Gaúcha também se destacou, com números expressivos de adesão, quantidade e ganhos importantes. As feiras, como a Fenovinos e a Expointer, registraram um aumento significativo no número de participantes, refletindo o contínuo interesse e crescimento no setor.
O ano de 2023 marcou um período de avanço significativo para a ovinocultura brasileira, consolidando-a cada vez mais como uma atividade de destaque na economia agropecuária nacional.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.