Rural
Brasil deve passar os Estados Unidos nas exportações de soja e milho em 2023
O Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos nas exportações de soja e milho neste ano. A soma dos volumes de soja e milho projeta o Brasil a encerrar o ano com aproximadamente 158 milhões de toneladas exportadas
Até a quarta semana de dezembro, as exportações brasileiras de soja ultrapassaram 100 milhões de toneladas, superando o recorde de 2021 em mais de 20 milhões de toneladas.
Nas exportações de milho foram cerca de 55 milhões de toneladas até o momento. Com uma semana ainda para concluir os embarques de 2023, as projeções indicam que o Brasil fechará o ano com exportações entre 56 e 57 milhões de toneladas de milho, estabelecendo-se como o maior exportador global deste grão, ultrapassando os Estados Unidos.
Esse crescimento de 50% em dois anos (de 2021 para 2023) destaca o país como um protagonista no cenário global de exportação de grãos. Fatores como a redução da safra argentina e o aumento das compras chinesas de milho brasileiro contribuíram para esse cenário de expansão expressiva no setor agrícola nacional.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.