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Rural

Brasil importa 87% do adubo necessário para produzir. Adubação orgânica pode ser solução

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No Brasil, os custos de produção agrícola estão sendo impactados ano a ano pelo aumento no preço dos fertilizantes, um recurso essencial para a agricultura do país.

De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), os preços dos fertilizantes mais utilizados na agricultura brasileira registraram um aumento superior a 200% nos últimos nove anos. Este cenário é resultado da grande dependência externa do Brasil em relação a fertilizantes intermediários.

Com quase 70 milhões de hectares dedicados à atividade agrícola, o país enfrenta o desafio de solos naturalmente pobres em nutrientes, especialmente em áreas como o cerrado, onde a acidez do solo intensifica problemas que aumentam a dependência de fertilizantes para manter a produtividade agrícola.

Por conta disso, o Brasil é 4° maior consumidor mundial de adubos e importa mais de 87% dos fertilizantes utilizados pela agricultura, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Segundo estudo da Embrapa, o solo brasileiro tem baixa fertilidade natural, e sem fertilizantes não haveria produção agropecuária no país. Obrigando a um elevado nível de importação em um setor concentrado comercial e geograficamente, aliado à dependência tecnológica, que deixa a economia brasileira nacional vulnerável às oscilações do mercado internacional de fertilizantes. No primeiro ano da guerra entre Rússia e Ucrânia, por exemplo, o preço global de adubos e fertilizantes disparou 140,4%.

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Diante desse cenário, alternativas sustentáveis como o adubo orgânico estão ganhando atenção. Novos produtos, que substituem com sucesso os fertilizantes importados, não só reduz a dependência de fertilizantes químicos, mas também apresenta vantagens econômicas e ambientais.

Por exemplo, a comparação de custos entre ureia (fertilizante químico) e feijão-de-porco (adubação verde) mostra que o custo por quilo de nitrogênio é significativamente menor na adubação orgânica. Além disso, a adubação verde contribui para a saúde do solo e sustentabilidade a longo prazo.

A evolução da agricultura orgânica no Brasil, impulsionada por avanços tecnológicos e maior conhecimento, abre caminho para uma produção agrícola mais sustentável e menos dependente de insumos externos.

O fertilizante orgânico é um produto pronto para aplicação, podendo ser empregado de forma isolada ou em combinação com outros minerais para atender às demandas nutricionais específicas de diferentes tipos de culturas oferecendo diversas vantagens para a saúde do solo e o desenvolvimento das plantas, incluindo:

  • Melhoria na aeração do solo, proporcionando maior disponibilidade de oxigênio;
  • Diminuição dos efeitos negativos da compactação do solo;
  • Aumento na capacidade do solo de reter água;
  • Eleva a resiliência das plantas em períodos de seca prolongada;
  • Estímulo ao desenvolvimento de microrganismos benéficos no solo;
  • Enriquecimento do solo com macronutrientes essenciais, como Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S);
  • Fornecimento de micronutrientes vitais, incluindo Cobre (Cu), Ferro (Fe), Manganês (Mn) e Zinco (Zn);
  • Aumento na capacidade de troca catiônica (CTC) do solo, melhorando sua fertilidade;
  • Potencializa a eficácia dos fertilizantes químicos quando usados em conjunto.
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Essas características fazem do fertilizante orgânico uma escolha eficiente, benéfica, econômica e muito mais sustentável para uma variedade de aplicações agrícolas.

No vídeo a seguir o produtor de grama de Governador Valadares, Minas Gerais, fala das vantagens de se utilizar adubação orgânica em larga escala, em vez dos produtos importados, mais caros e que agridem o meio ambiente.

https://fb.watch/pDizq3ZotV/

Fonte: Pensar Agro

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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