Rural
Brasil já colhe a próxima safra de soja, enquanto algumas regiões ainda nem plantou
O Brasil é um país tão grande e com tantas nuances que nesse momento em que muitos estados enfrentam problemas para plantar a próxima safra de soja, por conta das intempéries climáticas – de um lado excesso de chuvas e de outro seca – alguns estão em plena colheita.
Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgados nesta segunda-feira (08.01), mostram que a colheita da soja alcançou 0,6% da área total em Mato Grosso – que lidera, com 1,4% da área já colhida -, São Paulo e Paraná, ambos com 1% da área colhida, seguidos por Rondônia, Goiás e Mato Grosso do Sul, ainda em áreas muito pontuais.
Esses números representam um avanço em comparação aos 0,3% colhidos no mesmo período do ano anterior. O clima tem sito responsável por quebras de até 20% na produção, além de provocar replantios e atraso no plantio em vários estados. Por conta disso, a projeção para a safra de soja 23/24, já foi reduzida para 159,1 milhões de toneladas.
MILHO – Ao mesmo tempo a colheita do milho, que teve início no final de dezembro, alcançou 4,2% da área, mostrando um aumento em relação aos 1% do ciclo anterior.
O plantio do milho primeira safra, atingiu 84,3%, ficando abaixo dos 90,1% semeados no mesmo período do ano anterior.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.