Rural
Carnes de boi e frango somaram R$ 5,63 bilhões em abril
O Brasil exportou 717,5 mil toneladas de carnes bovina e frango em abril, um aumento de 63,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse resultado consolida a liderança do país no mercado global de proteína animal.
As exportações do setor renderam R$ 5,636 bilhões, um crescimento de 64,3% na comparação anual. Esse desempenho positivo é impulsionado pela alta demanda internacional, especialmente da China, que segue como principal destino para ambos os tipos de carne.
BOI – Só em carne bovina, o Brasil registrou um volume recorde de exportações, enviando ao exterior 236,8 mil toneladas em abril. Esse resultado representa o maior volume mensal já registrado, aumento de 77,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse desempenho consolidou ainda mais a liderança do país no mercado global de carne bovina.
O faturamento com as exportações de carne bovina também cresceu, totalizando US$ 1,043 bilhão. Esse aumento de 69% na comparação anual reflete a alta demanda internacional pelo produto brasileiro, com destaque para a China, que se mantém como principal destino, importando mais de 101 mil toneladas.
Além da China, outros mercados emergentes demonstraram um interesse crescente pela carne bovina brasileira. Os Emirados Árabes Unidos triplicaram suas importações, chegando a 23,7 mil toneladas, enquanto Hong Kong registrou um aumento de 38,9% nas compras, totalizando 11,3 mil toneladas. A estratégia de diversificação de mercados e produtos segue como um movimento fundamental para o setor, com a carne in natura respondendo por 88% do total exportado.
FRANGO – No segmento de carne de frango, o Brasil também obteve um desempenho robusto, exportando 480,7 mil toneladas em abril. Esse número representa um aumento de 10,5% em relação ao mesmo período do ano passado, posicionando-se como o segundo melhor resultado da série histórica.
Com uma receita de US$ 882,2 milhões, as exportações de carne de frango também apresentaram um crescimento significativo, avançando 5% em comparação a abril de 2023. A China continua sendo o principal destino da carne de frango brasileira, importando 57,7 mil toneladas, seguida pelo Japão, que registrou um aumento de 5,9% nas compras, totalizando 42,2 mil toneladas.
Apesar dos recordes históricos nas exportações de carne bovina e frango, o setor enfrenta desafios significativos, especialmente diante das recentes enchentes no Rio Grande do Sul, terceiro maior exportador de carne de frango do país. No entanto, a resiliência do setor e as projeções positivas para o ano demonstram a força e a competitividade da indústria de carnes brasileira.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.