Rural
Colheita da soja supera 23% em todo país
A colheita da soja no Brasil segue em ritmo acelerado, com 23% da área total já colhida, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O ritmo acelerado coloca a safra 2023/24 à frente da média histórica para o período, que é de 18,7%.
Regiões em destaque:
- Paraná: A colheita já atingiu 44% da área plantada no estado, o que representa um avanço significativo em relação à média histórica de 33% para o mesmo período. As condições climáticas favoráveis e a boa qualidade das lavouras contribuem para a rápida progressão da colheita no Paraná, principal estado produtor de soja do país.
- Rio Grande do Sul: A colheita gaúcha está em 26% da área total, um pouco abaixo da média histórica de 28%. Apesar do ritmo ligeiramente mais lento, as expectativas para a safra no estado são positivas, com estimativas de produtividade acima da média.
- Mato Grosso: Com 18% da área colhida, o Mato Grosso segue a tendência nacional de avanço acelerado da safra. As condições climáticas favoráveis e a boa qualidade das lavouras contribuem para o bom ritmo da colheita no estado.
- Outras regiões: Em outras regiões, como Goiás e Maranhão, a colheita ainda está em fase inicial, com 6% e 2% da área colhida, respectivamente. Nesses estados, a finalização do plantio ainda está em curso, com foco nas áreas que sofreram atrasos devido às chuvas.
Apesar do ritmo acelerado da colheita, alguns desafios ainda persistem. A falta de chuvas em algumas regiões, como o Rio Grande do Sul, pode afetar a produtividade final da safra. Além disso, a volatilidade dos preços da soja no mercado internacional também gera incertezas para os agricultores.
No geral, as perspectivas para a safra 2023/24 de soja são positivas. A Conab estima uma produção de 153,4 milhões de toneladas, o que representaria um aumento de 3,7% em relação à safra anterior. O clima favorável, a boa qualidade das lavouras e o ritmo acelerado da colheita contribuem para o otimismo do setor.
Plantio – O plantio da soja no Brasil está em fase final, com apenas 5% da área total ainda a ser plantada, concentrada principalmente nos estados do Maranhão e Goiás. As condições climáticas favoráveis e a boa qualidade das sementes contribuem para o bom andamento do plantio nesses estados.
A semeadura do milho safrinha 2024 atingiu 38% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil na quinta-feira (08.02), contra 27% na semana anterior e 25% no mesmo período do ano passado. Mato Grosso na dianteira, o plantio segue com bom ritmo e sob boas condições de clima na maior parte das áreas produtoras. O milho verão do Centro-Sul, por sua vez, estava 25% colhido na mesma data, contra 17% na semana anterior e 14% um ano antes.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.