Rural
Colheita de soja e milho no RS avança, mesmo diante dos desafios climáticos
A colheita da soja no Rio Grande do Sul atingiu 94% da área plantada nesta semana, segundo o boletim semanal da Emater-RS. Já a colheita do milho está em 93% do seu ciclo. A Emater-RS estima uma produção de 13,5 milhões de toneladas de soja e 9,2 milhões de toneladas de milho.
Apesar do bom ritmo dos trabalhos, os agricultores enfrentam diversos desafios climáticos que impactam a produtividade e a qualidade dos grãos. A principal dificuldade é a alta umidade dos grãos, que varia entre 18% e 25% para a soja e entre 20% e 30% para o milho.
Esse teor elevado, acima dos padrões ideais para colheita e armazenamento, causa a proliferação de fungos e aumenta o risco de perdas durante o processo de secagem.
Outro problema é a presença de grãos avariados, principalmente na soja. As chuvas intensas e frequentes durante o período de desenvolvimento da cultura, aliadas à baixa estatura das plantas em decorrência do excesso de água, resultaram em vagens encharcadas e apodrecidas.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.