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Culpa do clima: uso de defensivos agrícolas aumentou 9,5% ano passado

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A expansão da área plantada e as condições climáticas desafiadoras em 2023 impulsionaram o uso de defensivos agrícolas no Brasil, segundo pesquisa do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg). O estudo revelou um aumento de 10,5% na área tratada com defensivos ao longo do ano, totalizando 2,24 bilhões de hectares.

Com a previsão de continuidade dessas condições em 2024, o setor se prepara para um ano desafiador, buscando estratégias para equilibrar a necessidade de defensivos com práticas agrícolas sustentáveis.

O volume total de defensivos agrícolas utilizados no controle de pragas, doenças e plantas daninhas em 2023 foi de 1.424.588 toneladas, um aumento de 9,5% em comparação com as 1.301.537 toneladas usadas em 2022. Deste total, 47% foram herbicidas, 22% fungicidas, 22% inseticidas, 1% tratamentos de sementes e 8% outros tipos de defensivos.

A metodologia do Sindiveg, que projeta dados do mercado de defensivos em PAT (produto por área tratada), indicou que a soja foi a principal cultura, representando 55% da área tratada. Em seguida vieram milho (18%), algodão (7%), pastagem (6%), cana-de-açúcar (4%), trigo (3%) e outros cultivos como hortifruti, café, citros, feijão e arroz (1%).

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O valor de mercado para o uso de defensivos agrícolas também aumentou 1,9%, passando de US$ 20,32 bilhões em 2022 para US$ 20,71 bilhões em 2023. A divisão por culturas mostrou a soja liderando com 47% do valor total, seguida por milho (17%), cana (10%), algodão (7%), pastagem (4%), trigo e hortifruti (3%), e outros cultivos como citros, feijão e arroz (2%).

Regionalmente, Mato Grosso e Roraima foram responsáveis por 27% do consumo de defensivos, seguidos por São Paulo e Minas Gerais (18%), BAMATOPIPA (14%), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (11%), Paraná (11%), Goiás e Distrito Federal (8%) e Mato Grosso do Sul (8%).

As condições climáticas variáveis tiveram um papel crucial no aumento do uso de defensivos. No Rio Grande do Sul, chuvas acima da média aumentaram a pressão de doenças fúngicas, enquanto no Centro-Oeste o clima seco favoreceu a infestação de pragas. Essas condições devem se repetir em 2024, com expectativas de investimentos médios se aproximando dos níveis pré-pandemia.

Para a safra 2023/24, há uma expectativa de queda de 12,6% no valor gasto com defensivos agrícolas, de US$ 22 bilhões para US$ 19 bilhões. A soja continua dominando, com 51% do total, seguida por milho (14%), cana (10%), algodão (7%), pastagem, hortifruti e trigo (3%) e outros cultivos (2%).

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Apesar da redução no valor, a área tratada com defensivos deve crescer 7,6%, atingindo 2,317 bilhões de hectares. A soja, novamente, é a principal cultura, com um aumento de área plantada de 4%, totalizando mais de 45 milhões de hectares. Entre as pragas, a Mosca Branca apresentou um crescimento significativo de 131,8% na incidência, seguida por nematoides (14,3%) e percevejos (12,6%).

Fonte: Pensar Agro

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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