Rural
Depois da tempestade vem a bonança: plantio da soja no Rio Grande do Sul se recupera
Depois de sofrer com as chuvas torrenciais e inundações que atingiram o estado no mês de novembro, o Rio Grande do Sul recebeu uma boa notícia: o desenvolvimento da soja plantada tem sido satisfatórios, segundo os técnicos.
A área semeada alcançou 90%, recuperando parcialmente o atraso ocasionado pelas condições adversas de excesso de chuvas e elevada umidade do solo, fatores que dificultaram a correta deposição de sementes e a expansão dos cultivos.
Os volumes acumulados de chuva resultaram em sinais visíveis de erosão, sobretudo em áreas de plantio convencional. Mesmo no sistema de plantio direto (SPD), o volume e a intensidade das chuvas excederam a capacidade de absorção de água no solo. Em áreas com SPD consolidado, a infiltração foi mais eficiente, minimizando os danos por erosão.
Apesar dos desafios climáticos, o desenvolvimento das culturas é satisfatório, especialmente nas lavouras semeadas a partir de 15 de novembro. Nessas áreas, as plantas apresentam crescimento vigoroso e estrutura mais robusta, com menor distância entre trifólios e caules mais espessos.
As lavouras semeadas no início do período do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), entre 20.10 e 10.11, também se recuperaram bem, demonstrando uma emissão de folhas novas bem desenvolvidas.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.