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Rural

Embrapa desenvolve semente de soja resistente à seca

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A Embrapa Soja, sediada em Londrina, no Paraná, recebeu aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para o desenvolvimento de uma nova variedade de soja, capaz de uma produtividade elevada – até 3,5 toneladas por hectare – mesmo sob forte seca.

Segundo os técnicos da Embrapa a técnica utilizada foi a de “edição genômica CRISPR/Cas9”,  que difere da transgenia e simula mutações naturais na soja, aumentando a resistência da planta à escassez de água. Isso pode ser crucial, considerando os desafios climáticos enfrentados por regiões agrícolas.

De acordo com Alexandre Nepomuceno, chefe-geral da Embrapa Soja, a soja resistente à seca apresentou um aumento médio de 20% na resistência em testes de estufa, embora os resultados variem entre 5% e 35%. Os ensaios de campo serão conduzidos em diversas regiões produtoras de soja do país, utilizando campos da Embrapa e de parceiros. Esses testes são essenciais para validar a eficácia da soja em condições variáveis de seca.

Este avanço pode ter um impacto significativo na produção de soja, especialmente em áreas propensas a estiagens, como Mato Grosso, a principal região produtora do Brasil. A nova variedade de soja poderia mitigar as perdas causadas pela falta de chuvas, que em algumas safras chegaram a ser estimadas em torno de 20%.

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Fonte: Pensar Agro

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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