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Rural

Emissão de certificados atrasa e causa prejuízo de R$ 6 bi no Porto de Santos

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O porto de Santos, o maior do Brasil, enfrenta longos atrasos na emissão de certificados fitossanitários para o embarque de grãos e no envio de cargas de açúcar, resultando em mais de 100 embarcações aguardando no porto com suas mercadorias.

Segundo cálculos da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais do Brasil (Anec), esse impasse está custando aos exportadores de grãos cerca de R$ 5,89 bilhões em prejuízos.

O procedimento de emissão dos certificados, que costumava ser concluído em 48 horas, agora leva cerca de dez dias devido à escassez de fiscais agropecuários encarregados da liberação dos documentos.

Essa situação alarmante foi destacada pela associação. “O problema é grave. Estamos enfrentando uma sobrecarga significativa no número de fiscais do Ministério da Agricultura. Isso gera preocupação entre nossos associados, já que o pagamento pelo produto exportado só ocorre após a liberação do certificado”, afirmou um representante da Anec.

Para estimar o montante de cerca de R$ 5,89 bilhões, a Anec considerou um volume de exportação de soja projetado para este ano, totalizando 100 milhões de toneladas.

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Ao dividir esse volume pela quantidade de soja que um navio pode transportar (65 mil toneladas) e, em seguida, dividir pelo total de dias em um ano (365), chega-se a uma média de quatro navios por dia. Essa análise revela o impacto significativo desse atraso nos processos de exportação de grãos, afetando diretamente a economia do país.

Fonte: Pensar Agro

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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